sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os Mensageiros - Capítulo 9

Neste capítulo, André Luiz tem a oportunidade de ouvir relatos de vários médiuns que fracassaram na Terra. Em especial, me chamou a atenção o relato de uma irmã que fracassou porque tinha medo demais de errar.
"Fui a culpada de tudo. Preparei-me o bastante para resgatar antigos débitos e efetuar edificações novas; contudo, não vigiei como se impunha. O chamamento ao serviço ressoou no tempo próprio, orientando-me o raciocínio a melhores esclarecimentos; nossos instrutores me proporcionavam os mais santos incentivos, mas desconfiei dos homens, dos desencarnados e até de mim mesma. Nos estudiosos do plano físico, enxergava pessoas de má fé; nos irmãos invisíveis, presumia encontrar apenas galhofeiros fantasiados de orientadores, e, em mim mesma, receava as tendências nocivas. Muitos amigos tinham-me em conta de virtuosa, pelo rigorismo das minhas exigências; todavia, no fundo, eu não passava de enferma voluntária, carregada de aflições inúteis."
Muitas vezes, nós somos o nosso maior inimigo. Não há necessidade de obsessor.

Existe uma palavra que devemos ter sempre como guia em todos os momentos de nossa vida: equilíbrio. Mas como é difícil!
Devemos ser cautelosos, mas a cautela em excesso pode nos levar a paralisia.
Devemos ser amorosos, mas o amor em excesso pode sufocar a quem amamos.
Devemos ser corajosos, mas a coragem desmedida pode ser apenas ignorância.
Devemos ser compreensíveis, mas a compreensão que não questiona pode ser apenas covardia.
Devemos ser pacientes, mas a paciência que não ajuda é apenas inércia.
Qualquer estado da alma que não nos ajuda a progredir não é qualidade, é apenas desculpa.



Carmem Bezerra

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