sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os Mensageiros - Capítulo 43

Quando os três viajores retornam à casa de Dona Isabel, André Luiz nota o grande movimento de trabalhadores desencarnados preparando o ambiente para a reunião espírita que ocorreria mais tarde. Em especial, ele observa perplexo que alguns irmãos dividiam a sala utilizando faixas fluídicas. Aniceto então vem em seu socorro e lhe fornece uma explicação.
“Estes amigos estão promovendo a obra de preservação e vigilância. Serão trazidas aos trabalhos de hoje algumas dezenas de sofredores e torna-se imprescindível limitar-lhes a zona de influenciação neste templo familiar. Para isso, nossos companheiros preparam as necessárias divisões magnéticas.”
Portanto, as faixas fluídicas são usadas para impedir que as formas-pensamento dos sofredores invadam o ambiente doméstico provocando pertubações e doenças.

André nota que os tarefereiros estão magnetizando o próprio ar. O esclarecimento de Aniceto não se demora.
"Não se impressione, André. Em nossos serviços, o magnetismo é força preponderante. Somos compelidos a movimenta-lo em grande escala."
Não me sinto muito confortável em falar de magnetismo. É um assunto que estou tentando entender melhor. Mas vou tentar colocar alguns pontos do meu entendimento aqui.

O magnetismo está relacionado aos fenômenos naturais de atração ou repulsão entre objetos materiais. A Física nos ensina que a corrente elétrica é capaz de gerar efeitos magnéticos. Sabemos que a matéria é energia condesada e que nossos corpos (físico e espiritual) são matérias. Além disso, o fluido cósmico universal que está na origem de toda a matéria é também matéria (pois não é Espírito).  Logo, o magnetismo existe (em diversos níveis) em toda matéria (depende da corrente elétrica).

Portanto, entendo que os tarefeiros manipulavam a matéria sutil para montar barreiras (invisíveis para muitos dos desencarnados presentes) e assim impedir que os fluidos doentios (que também são matérias) atravessassem determinados limites da casa.

Em seguida, André Luiz nota a chegada de irmãos sofredores, muitos com dificuldades de locomoção. Alguns apresentavam ataduras no corpo espiritual. Aniceto explica a André e a Vicente quem são esses irmãos.
"Muitos não concordam ainda com as realidades da morte corporal. E toda essa gente, de modo geral, está prisioneira da idéia de enfermidade. Existem pessoas, e vocês, como médicos, as terão conhecido largamente, que cultivam as moléstias com verdadeira volúpia. Apaixonam-se pelos diagnósticos exatos, acompanham no corpo, com indefinível ardor, a manifestação dos indícios mórbidos, estudam a teoria da doença de que são portadoras, como jamais analisam um dever justo no quadro das obrigações diárias, e quando não dispõem das informações nos livros, estimam a longa atenção dos médicos, os minuciosos cuidados da enfermagem e as compridas dissertações sobre a enfermidades de que se constituem voluntárias prisioneiras. Sobrevindo a desencarnação, é muito difícil o acordo entre elas e a verdade, porquanto prosseguem mantendo a ideia dominante. Às vezes, no fundo, são boas almas, dedicadas aos parentes do sangue e aproveitáveis na esfera restrita de entendimento a que se recolhem, mas, no entanto, carregadas de viciação mental por muitos séculos consecutivos."
Mais uma vez, somos lembrados do valor do pensamento positivo, da necessidade da higiene mental. É preciso reprogramar o corpo mental para que este reprograme o corpo espiritual e que, numa encarnação próxima, possamos ter um corpo físico mais saudável.


Carmem Bezerra

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