sábado, 19 de outubro de 2013

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulos 29 e 30

Nestes dois Capítulos, André Luiz narra a despedida da semana de estudos sobre a mediunidade sob a responsabilidade de Áulus.
"- A mediunidade, indubitavelmente, é patrimônio comum a todos, entretanto, cada homem e cada grupo de homens no mundo registram-lhe a evidência ao seu modo. De nossa parte, é possível abordá-la com a simplicidade evangélica, baseados nos ensinamentos claros do Mestre, que esteve em contato incessante com as potências invisíveis ao homem vulgar, curando obsidiados, levantando enfermos, conversando com os grandes instrutores materializados no Tabor, ouvindo os mensageiros celestiais em Getsemani e voltando Ele próprio a comunicar-se com os discípulos, depois da morte na cruz, entretanto, a ciência terrestre, por agora, não pode analisá-la sem o rigor da experimentação."
A Ciência ainda não dá a devida importância à mediunidade. Normalmente a mediunidade fica no campo do excepcional e da exceção, quando ela deveria ser tratada como uma característica comum a todos os seres humanos. Afinal, todos nós somos médiuns, pois somos influenciados pelos Espíritos com quem sintonizamos.
"- É muito fácil inventar teorias que nos exonerem do dever de servir, e muito difícil aplicar os princípios superiores que esposamos, utilizando-nos, para isso, de nossa cabeça e de nossas próprias mãos. Se a recuperação do mundo e de nós mesmos estivesse circunscrita a lindas palavras, o Cristo, que nos constitui o padrão de todos os dias, não precisaria ter vindo ao encontro dos necessitados da Terra. Bastaria que enviasse proclamações angélicas à Humanidade, sem padecer-lhe, de perto, a incompreensão e os problemas. Felizmente, porém, os espiritualistas conscientes e sensatos estão aprendendo que o nosso escopo é reviver o Evangelho em suas bases simples e puras e que o Senhor não nos concede o tesouro da fé apenas para que possamos crer e falar, mas também para que estejamos habilitados a estender o bem, começando de nós mesmos."
A mediunidade deve ser entendida com uma ferramenta dada para nos ajudar em nosso caminho para a angelitude. E, portanto, nós responderemos pelo seu bom ou mau uso.


Carmem Bezerra

domingo, 13 de outubro de 2013

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulo 28

Neste Capítulo, André Luiz, Hilário e Áureo visitam uma reunião de materialização. Este tipo de fenômeno é difícil de realizar, pois os encarnados presentes nas reuniões não costumam cooperar com a sintonia no bem.
"- Venho com vocês até aqui, considerando as finalidades do socorro aos enfermos, porque, embora sejam muitas as tentativas de materialização de forças do nosso plano, na Terra, com raras exceções quase todas se desenvolvem sobre lastimáveis alicerces que primam por infelizes atitudes dos nossos irmãos encarnados. Só os doentes, por enquanto, no mundo, justificam a nosso ver o esforço dessa espécie, junto das raras experiências, essencialmente respeitáveis e dignas, realizadas pelo mundo científico, em beneficio da Humanidade.
Hoje em dia são raras as Casas Espíritas que possuem sessão de materialização e todas são dedicadas à cura. Áureo explica de maneira simples como o fenômeno ocorre a partir do ectoplasma do médium.
- Aí temos o material leve e plástico de que necessitamos para a materialização. Podemos dividi-lo em três elementos essenciais, em nossas rápidas noções de serviço, a saber: fluidos A, representando as forças superiores e sutis de nossa esfera, fluidos B, definindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem, e fluidos C, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre. Os fluidos A podem ser os mais puros e os fluidos C podem ser os mais dóceis; no entanto, os fluidos B, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e, muito notadamente, do médium, são capazes de estragar-nos os mais nobres projetos. Nos círculos, aliás raríssimos, em que os elementos A encontram segura colaboração das energias B, a materialização de ordem elevada assume os mais altos característicos, raiando pela sublimidade dos fenômenos; contudo, onde predominam os elementos B, nosso concurso é consideravelmente reduzido, porquanto nossas maiores possibilidades passam a ser canalizadas na dependência das forças inferiores do nosso plano, que, afinadas aos potenciais dos irmãos encarnados, podem senhorear-lhes os recursos, invadindo-lhes o campo de ação e inclinando-lhes as experiências psíquicas no rumo de lastimáveis desastres.
Devemos entender a materialização como um meio de comunicação entre as duas esferas da vida. Infelizmente é um meio difícil de ser usado por se o homem encarnado ainda muito apegado ao mundo material.


Carmem Bezerra

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulo 27

Neste Capítulo, André Luiz narra a visita que fez com Áulus e Hilário a uma reunião mediúnica em um centro não espírita. As pessoas presentes faziam pedidos para que os Espíritos solucionassem problemas do cotidiano como emprego, falta de dinheiro, brigas domésticas, etc.
"Dois médiuns davam passividade a companheiros do nosso plano, os quais, segundo minhas primeiras impressões, jaziam convertidos em criados autênticos do grupo, assalariados talvez para serviços menos edificantes. Entidades diversas, nas mesmas condições, enxameavam em torno deles, subservientes ou metediças."
O texto nos fala de médiuns poucos esclarecidos que usam a faculdade que têm para comercializar entre os dois planos da vida. Entretanto, apesar do ambiente pouco propício ao trabalho do bem, se fazia presente um Espírito benfeitor a espera da oportunidade para ajudar os irmãos em erro. Afinal, nós somos sempre ajudados, nunca estamos sozinhos.
"- Cada serviço nobre recebe o salário que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde."


Carmem Bezerra

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulo 26

Neste Capítulo, o Mentor fala para André Luiz e para Hilário sobre a psicometria que corresponde à faculdade de ler impressões e recordações ao contato de objetos comuns. Portanto, um médium com esta habilidade pode captar a energia impressa nos objetos por aqueles que os possuíram um dia.
"-  O pensamento espalha nossas próprias emanações em toda parte a que se projeta. Deixamos vestígios espirituais, onde arremessamos os raios de nossa mente, assim como o animal deixa no próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão. Quando libertados do corpo denso, aguçam-se-nos os sentidos e, em razão disso, podemos atender, sem dificuldade, a esses fenômenos, dentro da esfera em que se nos limitam as possibilidades evolutivas."
Naturalmente, nem todos os objetos são marcados por nós. É preciso existir interesse da pessoa pelo objeto para que se crie uma relação psíquica.
"- As almas e as coisas, cada qual na posição em que se situam, algo conservam do tempo e do espaço, que são eternos na memória da vida."
Alguns médiuns de psicometria conseguem inclusive ver o que aconteceu com o ex-dono depois que ele não mais possuía o objeto. Hermínio Miranda explica em um dos seus livros (acho que é  " A Memória e o Tempo") que podemos comparar a psicometria a um rádio que sintoniza um determinado canal. Isto significa que o objeto sintoniza o médium com o seu ex-dono permitindo que as informações sejam obtidas. Estas informações podem ser de qualquer fase da vida da pessoa que um dia possuiu o objeto e se interessou por ele.

O estudo da psicometria também mostrou que é possível captar dados sobre a origem das coisas. Por exemplo, uma mesa de madeira pode informar de onde veio a madeira usada na sua construção. Para entender como a psicometria funciona, basta lembrar que tudo é energia. Logo, para "ler" um objeto é preciso apenas sintonizar com as energias que ele possui.
"- Em tudo, vemos integração, afinidade, sintonia... E de uma coisa não tenhamos dúvida: através do pensamento, comungamos uns com os outros, em plena vida universal."

Carmem Bezerra

sábado, 12 de outubro de 2013

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulo 25

Neste Capítulo, O Mentor fala para André Luiz e para Hilário sobre fixação mental, ou seja, cristalização do Espírito em torno de certas situações e sentimentos.
"- É imprescindível compreender que, depois da morte no corpo físico, prosseguimos desenvolvendo os pensamentos que cultivávamos na experiência carnal. E não podemos esquecer que a Lei traça princípios universais que não podemos trair. Subordinados à evolução, como avançar sem lhe acatarmos a ordem de harmonia e progresso?"
Quando um Espírito se fixa em uma ideia única, seja de ódio, revolta ou vingança, ele não se liberta com a morte. Pelo contrário, ele fica preso ao mundo criado pela mente. Isto significa que muitos desencarnam e ficam dormindo por longos períodos presos às ideias que alimentaram no plano físico.
"- Muitas dessas almas desorientadas por fim se entediam do mal e procuram a regeneração por si mesmas, ao passo que outras, em nossas tarefas de assistência, acordam para as novas responsabilidades que lhes competem no próprio reajuste. São os soldados feridos buscando corresponder às missões de amor que lhes visitam o pouso de restauração. Entendem o impositivo da luta dignificante a que foram chamados e, ajudando aos que os ajudam, regressam ao bom combate, em cujas linhas se acomodam com o serviço que lhes é possível desempenhar. Outras, porém, recalcitrantes e inconformadas, são docemente constrangidas ao retorno à batalha para que se desvencilhem da prostração a que se recolheram."
A bondade divina nunca nos abandona. Ela nos guia e, quando precisa, usa remédio amargo para o nosso restabelecimento.


Carmem Bezerra

domingo, 6 de outubro de 2013

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulo 24

Neste Capítulo, André Luiz conta o caso de uma pessoa que sofre ataques histéricos. Ele observa  que os ataques não são provocados magneticamente por espíritos obsessores, embora existam dua entidades de aspecto desagradável perto do doente.
"- É um pobre irmão em luta expiatória e na realidade mal atravessou a casa dos trinta anos, na presente romagem terrestre. Desde a infância, sofre o contato indireto de companhias inferiores que aliciou no passado, pelo seu comportamento infeliz. E quando experimenta a vizinhança desses amigos transviados, ainda em nosso plano, com os quais conviveu largamente, antes do regresso à carne, reflete-lhes a influência nociva, entregando-se a perturbações histéricas, que lhe sufocam a alegria de viver. Tem sido aflitivo problema para o templo doméstico em que renasceu. Desde a meninice, vive de médico a médico. Ultimamente, a malarioterapia, a insulina e o eletrochoque hão sido empregados em seu benefício, sem resultado prático. Os tratamentos dolorosos e difíceis, de certo modo, lhe castigaram profundamente a vida física. Parece um velho, quando poderia mostrar-se em pleno vigor juvenil."
É um exemplo da Lei de Causa e Efeito: "o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória".


Carmem Bezerra