domingo, 21 de agosto de 2011

O papel dos médiuns nas comunicações espíritas

Desde a palestra de Raul Teixeira, eu tenho procurado ler mais sobre a influência que os desencarnados têm sobre nós. Na Codificação, este tema é várias vezes investigado por Kardec. No Livro dos Espíritos, por exemplo, existem três perguntas sobre o tema.

459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?-- Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito freqüentemente são eles que vos dirigem.

460. Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?-- Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto e freqüentemente bastante contraditórios. Pois bem: nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas idéias que se combatem.

461. Como distinguir os nossos próprios pensamentos dos que nos são sugeridos?-- Quando um pensamento vos é sugerido, é como uma voz que vos fala. Os pensamentos próprios são, em geral, os que vos ocorrem no primeiro impulso. De resto, não há grande interesse para vós nessa distinção, e é freqüentemente útil não o saberdes: o homem age mais livremente; se decidir pelo bem, o fará de melhor vontade; se tomar o mau caminho, sua responsabilidade será maior.


A razão da minha curiosidade sobre a influência dos Espíritos sobre nós é tentar entender melhor o fator anímico na mesa mediúnica. Se o médium consegue identificar a influência que recebe no dia-a-dia dos desencarnados, ele pode controlar o animismo e assim ser um melhor intérprete nas comunicações espíritas.

No Livro dos Médiuns, Kardec dedicou o Capítulo XIX a investigar o papel do médium no intercâmbio entre os encarnados e desencarnados. No item 223, o Codificador questiona como é possível identificar a verdadeira origem de uma comunicação mediúnica.

3ª Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium, ou outro?
"Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. No estado de sonambulismo, ou de êxtase, é que, principalmente, o Espírito do médium se manifesta, porque então se encontra mais livre. No estado normal é mais difícil. Aliás, há respostas que se lhe não podem atribuir de modo algum. Por isso é que te digo: estuda e observa."

NOTA. Quando uma pessoa nos fala, distinguimos facilmente o que vem dela daquilo de que ela é apenas o eco. O mesmo se verifica com os médiuns.

Portanto, podemos deduzir que somos influenciados o tempo todo pelos Espíritos. Cabe a nós aceitar ou recusar esta influência. Além disso, podemos criar uma proteção usando como ferramentas a oração e a caridade.

Na mesa mediúnica, precisamos estar atentos a pensamentos que nos são estranhos e permitir que eles se manifestem. Somos apenas um canal usado para alívio e esclarecimento de irmãos necessitados.

A regra é sempre vigiar e orar. No dia-a-dia, os pensamentos deturpadores da paz devem ser afastados. Na mesa mediúnica, eles devem ser acolhidos com atenção e encaminhados para o devido escalarecimento.

Começo a entender que a mesa mediúnica é acima de tudo um lugar de amor. É preciso permitir que palavras que não são nossas, sentimentos que nos pertubam e dores que nos incomodam se aproximem e façam uso do nosso veículo carnal.

As dúvidas quanto às comunicações sempre existirão. Mas elas não devem impedir o trabalho. Devem ser usadas como alavanca para mais estudo e auto-crítica.



"Espíritos bem-amados, anjos guardiães que, com a permissão de Deus, pela sua infinita misericórdia, velais sobre os homens, sede nossos protetores nas provas da vida terrena. Dai-nos força, coragem e resignação; inspirai-nos tudo o que é bom, detende-nos no declive do mal; que a vossa bondosa influência nos penetre a alma; fazei sintamos que um amigo devotado está ao nosso lado, que vê os nossos sofrimentos e partilha das nossas alegrias. E tu, meu bom anjo, não me abandones. Necessito de toda a tua proteção, para suportar com fé e amor as provas que praza a Deus enviar-me."
Prece aos Anjos Guardiões e aos Espíritos Protetores - Evangelho Segundo o Espiritismo



Carmem Bezerra

domingo, 7 de agosto de 2011

Homeopatia

Há uma semana estive na FEB e pedi uma receita. Soube deste serviço por um amigo. Basta deixar o nome e o endereço que a Espiritualidade prescreve medicação homeopática. Quando recebi a receita tive a curiosidade de verificar na Internet os componentes da medicação.

1 - Euphrasia officinalis: Indicado para as doenças dos olhos em geral, com formação de secreções, mucosidades e escamações.

2 - Cocculus indicum: É o remédio da sensação de fraqueza e debilidade geral, com o sintoma subjetivo de vazio interior. Tipologicamente é indicado para mulheres delicadas, brancas, com irregularidades menstruais.
 3 - Kalium bichromicum: Moléstias dos olhos, nariz, boca, garganta, pele, útero, vagina e uretra. Eczema do couro cabeludo e do ouvido.
Não tive a menor dúvida que a receita era para mim.
O primeiro componente é para problemas de secreção dos olhos. Preciso constantemente ficar olhando em algum espelho para garantir que não há remela. Mas sempre achei uma vantagem no excesso de secreção: as lentes de contato duram anos.
Não tenho comentários quanto ao segundo componente. Diz muito dos problemas que enfrento deste pequena. Nunca houve meios de resolver estes problemas, apenas tento conviver com eles.
O terceiro componente está relacionado ao problema de eczema que tenho. Ultimamente o meu couro cabeludo também tem apresentado este problema. Os dermatologistas sempre passam alguma pomada para amenizar a irritação da pele, mas sempre me dizem que este problema não tem solução.
O que posso dizer? O meu carinho e o meu agradecimento para os amigos espirituais pela receita.

Carmem Bezerra