sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Elucidações Evangélicas

Atualmente, estou lendo Elucidações Evangélicas de Antônio Luiz Sayão, publicado pela primeira vez em 1897. Segundo o próprio autor, o objetivo da obra é explicar as teorias de Roustaing usando o método de Allan Kardec.
Mas quem foi Roustaing e quem foi Sayão? E por que as idéias defendidas por ambos ainda causam tanta controvérsia no meio espírita?

  • Jean-Baptiste Roustaing (1805 - 1879), Espírita francês, foi o coordenador de "Os Quatro Evangelhos - Espiritismo Cristão ou Revelação da Revelação'", obra psicografada pela médium belga Émilie Collignon. Este trabalho defende que Jesus não teve um corpo físico igual ao nosso, seu corpo era fluídico.
  • Antônio Luiz Sayão (1829 - 1903), Espírita brasileiro, foi um dos fundadores do Grupo Ismael (composto por Bittencourt Sampaio, Bezerra de Menezes, Ewerton Quadros, Dias da Cruz, entre outros) da Federação Espírita Brasileira, do qual foi diretor.

As idéias de Roustaing foram defendidas por Dr. Bezerra de Menezes e, dizem,  por Chico Xavier. Mas encontraram, e ainda encontram, muitos adversários no meio espírita que afirmam que Jesus encarnou na Terra como qualquer outro espírito. Pois, se Jesus não tivesse um corpo igual ao nosso, seus sofrimentos seriam uma farsa.


O ponto principal de discórida atual entre os espíritas parece ser o fato da FEB ter definido no seu Estatuto que a obra Os Quatro Evangelhos de Roustaing é complementar às da Codificação kardeciana. Os que não aceitam Roustaing, não aceitam a FEB como seu representante.


Pessoalmente, ainda não tenho posição sobre o que Roustaing e Sayão defederam. Mas estou encantada com a argumentação apresentada no livro Elucidações Evangélicas. Cada trecho da sagrada escritura é dissecado à luz da doutrina espírita. Nem tudo é controversa. Há explicações perfeitamente aceitas por qualquer espírita.


Acho que é o caso de ler, estudar e meditar. Portanto, é preciso um atitude kardecista diante do livro e deixar que o tempo nos traga as explicações e/ou correções necessárias. Afinal, ainda somos crianças em termo de conhecimento e experiências.


Carmem Bezerra

domingo, 21 de novembro de 2010

Médium consciente

O site http://msponline.org/frame/ apresenta um bom material sobre a mediunidade. Eu o imprimi e agora estou estudando-o. Esse trabalho usa, basicamente, a codificação e os livros de André Luiz para discutir tópicos importantes para quem trabalha na mesa mediúnica. Começo a entender vários pontos que antes eram obscuros para mim.

Ontem eu estava estudando o mecanismo mediúnico da psicofonia (Tema 28 do material disponibilizado). Gostaria de entender melhor o que se passa comigo na mesa mediúnica. Noto que os outros médiuns do grupo parecem ter uma maior sensibilidade. Em especial, tem uma médium que, normalmente, recebe espíritos sofredores e sempre leva um tempo para se recuperar após cada incorporação. Ela sofre junto com o irmão que se comunica.

Eu não tenho esta intensidade na comunicação. Eu sinto as coisas distantes e é muito difícil eu sofrer junto com o irmão que se apresenta. Acho que esta é a origem de todas as minhas dúvidas. Eu não consigo sentir na comunicação a mesma intensidade que vejo nos outros participantes do grupo.  Para mim, a comunicação é feita como se fosse algo impessoal. Eu apenas repito o que me vem a minha mente. Não me envolvo na questão.

Sei que cada médium trabalha de forma diferente. Cada um recebe o irmão que tem condição de ajudar.  Sou considerada pelas pessoas como uma pessoa de pouca expasividade. Nunca falo dos meus problemas com os outros e não demonstro os meus sentimentos. Acho que isto se reflete na mesa mediúnica.

O material estudado fala que 70% da psicofonia na mesa mediúnica são conscientes, ou seja, o médium capta o pensamento do espírito comunicante e pode, ou não, transmití-lo. Não há contato perispiritual neste tipo de psicofonia, pois as idéias são transmitidas telepaticamente. Além disso, pode ou não ocorrer a exteriorização do perispírito do médium. Acho que é isto que define a maior ou menor aproximação do espírito comunicante.

A comunicação passa  pelo livre-arbítrio do médium. Por isso, médiuns conscientes são assaltados com tantas dúvidas. Como ter certeza que as ideias que vem a mente não são nossas? Hoje em dia, eu gostaria apenas de ter esta certeza.

Talvez isto tudo seja uma prova para mim. Fico imaginando os erros que eu poderia cometer caso minha mediunidade fosse ostensiva. Seria apenas uma questão de tempo para eu me senti envaidecida. Não há dúvida quanto uma coisa: Deus sabe o que faz.

Carmem Bezerra

domingo, 24 de outubro de 2010

Psicofonia consciente

No Capítulo 6 do livro "Nos Domínios da Mediunidade", André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, fala da psicofonia consciente.

"Ruminando as indagações que nos esfervilhavam na alma, Hilário objetou:
- Consciente a médium, qual se encontra, e ouvindo as frases do comunicante, que lhe utiliza a boca assim vigiado por ela, é possível que Dona Eugênia seja assaltada por grandes dúvidas... Não poderá ser induzida a admitir que as palavras proferidas pertençam a ela mesma? Não sofrerá vacilações?
- Isso é possível – concordou o assistente -; no entanto, nossa irmã está habilitada a perceber que as comoções e as palavras desta hora não lhe dizem respeito.
- Mas... e se a dúvida a invadisse? – insistiu meu colega.
- Então – disse Áulus, cortês -, emitiria da própria mente positiva recusa, expulsando o comunicante e anulando preciosa oportunidade de serviço. A dúvida, nesse caso, seria congelante faixa de forças negativas
..."

Não me lembrava mais deste trecho do livro. Quando o reli, me senti tocada por ele. Pessoas que, como eu, possuem mediunidade consciente, precisam acrescentar fé e confiança no trabalho que fazem. É dificil não questionar se as manifestações não são frutos do animismo. Sempre que volto da reunião mediúnica, revejo passo a passo o que fiz e tento achar algo que reproduzi da minha vida. Talvez uma frase ouvida, talvez um filme assistido, qualquer coisa. Até agora, as comunicações passaram pela minha análise. Mas não deixo de pensar o quanto eu as influencio. Mesmo que não tenha explicação para algumas coisas que me aconteceram.

Perto de onde moro, existia uma moradora de rua com quem eu sempre conversava. Normalmente, ela dormia no mesmo local. As vezes desaparecia por 15 dias, mas depois retornava. Fazia cerca de uma semana que eu não a via quando recebi na mesa mediúnica a comunicação do espírito de uma moradora de rua. A imagem que me chegou a mente foi a da moradora de rua que eu conhecia. Na hora, eu pensei apenas que a espiritualidade tinha utilizado a imagem dela para me ajudar a entender a situação. Não me passou na cabeça que poderia ser a mesma pessoa. Entretanto, já se passaram dois meses e nunca mais voltei a vê-la. Começo a achar que foi ela mesma que eu recebi e encaminhei para ser ajudada pelos mentores da casa espírita.

Carmem Bezerra

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Novas esperanças

Os problemas ainda estão comigo. As dúvidas em relação a minha mediunidade ainda existem. Mas hoje acordei com uma sensação de paz que há muito não sentia. Isto me fez lembrar a última frase do livro "Iracema"  de José de Alencar: "na Terra tudo passa, nada fica".

Não sei se o trabalho de ontem na mesa mediúnica tem alguma coisa com este sentimento bom que vivi o dia todo. Sinto-me mais forte e capaz de enfrentar o que me aflige. Há ainda um caminho difícil a pecorrer, mas sinto que vou conseguir.

Carmem Bezerra

sábado, 18 de setembro de 2010

Resposta da espiritualidade

Sempre me disseram que o principal objetivo da reunião mediúnica é ajudar no crescimento espiritual dos médiuns, pois a espirtualidade pode fazer o trabalho sem a nossa ajuda. Tive uma prova disso nesta semana.

A primeira comunicação que recebi foi de um espírito preso em um lugar sem conseguir falar com ninguém e sem ver a luz do sol. Ele parecia estar neste lugar há muito tempo e pedia apenas a oportunidade de ver novamente o sol.

Na hora, não fiz ligação com o meu estado de espírito. A minha angústia pessoal pareceu apenas me ajudar na comunicação com o irmão sofredor.

No dia seguinte, logo que acordei, liguei os pontos (devo ter recebido um puxão de orelha durante o sono). Eu tanto tinha pedido para entrar em um buraco para fugir dos meus problema que a espiritualidade mandou um irmão que estava na situação que eu tanto almejava para mim. Me mostraram o que eu estava pedindo.

Resumindo, tenho de enfrentar os meus problemas, fugir deles não é uma saída.

Carmem Bezerra

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Angústia

Hoje estou tão angustiada. Gostaria de entrar em um buraco e desaparecer. Acho que não vou ter coragem de participar da reunião mediúnica. Não estou querendo ver ninguém e nem ser uma pessoa sociável hoje.

Foi um dia terrível para mim e tenho a impressão que ainda não acabou. Gostaria de pelo menos chorar, mas não consigo. É uma mistura de dor com revolta. Sei que sou a principal culpada pelo que aconteceu hoje. Sei que vou ter que criar coragem para consertar a burrada que fiz. Mas não sei se vou ter forças.

Não acho que vou ser de ajuda na mesa mediúnica hoje, mas a casa espírita me faz tanto bem. Gostaria de ficar lá em um cantinho, só assistindo. Acho que não sou capaz de ajudar a ninguém hoje.

Carmem Bezerra

domingo, 12 de setembro de 2010

Estudo: fluido cósmico universal

O universo é composto por dois elementos criados por Deus: fluido e espírito. Tudo que existe no Universo  não sendo espírito, é Fluido Cósmico Universal, a matéria elementar primitiva.

Na Gênese, Kardec explica fluido cósmico universal:

1 - "O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza.(Cap.X.)

2 - "Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados."  (Cap.IV)

Portanto, tudo que os nossos sentidos são capazes de detectar tem um mesmo elemento básico na sua formação: o fluido cósmico universal. A caneta, o carro e o perfume têm em comum a mesma matéria primitiva. Os nossos corpos físicos também provêm do fluido cósmico universal.

Não é difícil imaginar que o nosso perispírito é também feito da mesma matéria. A diferença entre o corpo físico e o corpo espiritual está na sua ponderabilidade. Enquanto o corpo físico é feito de fuido mais condensado, o perispírito é feito de fluido de matéria mais etérea.

Carmem Bezerra

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O filme "Nosso Lar"

Neste fim-de-semana, eu fui assistir ao filme "Nosso Lar". É uma adapatação linda do livro de André Luiz psicografado por Fancisco Xavier. Como espírita, amei o filme. Nunca tinha conseguido visualizar direto as descrições que o autor espiritual faz da colônia. Está tudo lá na tela: a grande muralha, os ministérios, as câmaras de recuperação, etc.

Entretanto, acho que o filme só vai agradar quem já é espírita. Ele se preocupa em mostrar em duas horas toda a filosofia da doutrina. Para quem não é adepto, além de não entender, vai se sentir cansado de tanta doutrinação. Mas quem sabe, talvez o filme consiga colocar uma sementinha de esperança nos corações de quem o assistir. Semente essa que germinará quando a hora propícia chegar.

Carmem Bezerra

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Palestra do Divaldo

Estive hoje na palestra do Divaldo na Hebraica. Como sempre ele foi maravilhoso. Consegue entre uma estória e outra, nos fazer rir e meditar. O tema da palestra foi "é possível ser feliz na Terra?". Ele mostrou que não somos felizes porque colocamos nossa felicidade em coisas efémeras. A verdadeira felicidade é entender a transitoriedade desta vida e aceitar os obstáculos que nos aparecem como coisas normais e esperadas. E principalmente, ajudar aos que estão ao nosso lado nesta caminhada. Esta ajuda pode significar apenas calar e não responder a uma frase infeliz ou pode ser não tirar conclusões precipitadas de fatos conhecidos.

Carmem Bezerra

domingo, 29 de agosto de 2010

Estudo: vibração, matéria e energia

Andei um pouco deprimida nestes últimos dias. Tem momentos na vida que parece que tudo está dando errado. Mil planos e mil fracassos. Olhando para trás, vejo que plantei em campo infértil e que agora estou apenas colhendo os frutos das minhas próprias decisões. É aceitar e seguir em frente. Não adianta ficar me lamentando. A vida segue, não há como perder tempo com lamentações. É hora de voltar a ocupar a mente com algo produtivo. Portanto, ao trabalho.

No capítulo X do livro "Estudando a Mediunidade", Martins Peralva fala sobre os mecanismos das comunicações mediúnicas. A questão é saber por que algumas pessoas ouvem e vêem espíritos e outras não conseguem. O autor discute inicialmente como a audição e a visão funcionam. A partir da exposição feita no livro é possível entender alguns aspectos da comunicação mediúnica.

Matéria

A matéria é definida pela ciência como energia vibrando em baixa frequência.  Existem três estados de agregação da matéria: sólido, líquido e gasoso. Portanto, tudo que conhecemos na Terra é energia.  Desde a mesa que usamos nas refeições até o ar que respiramos.

Audição

"Os sons audíveis possuem vibrações que vão de 20 Hz (ou 20 vezes por segundo) até 20.000 Hz (ou vinte mil vezes por segundo), faixa chamada de espectro de áudio. Os sons que não ouvimos estão abaixo (infrassons) e acima (ultrassons) deste intervalo."
http://www.proteve.net/som.html
 
Portanto, qualquer som abaixo ou acima desses valores não é perceptível pelo corpo físico.

Visão

"A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fotons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes refletem. Um objeto terá determinada cor se não absorver justamente os raios correspondentes à frequência daquela cor."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor



O espectro visível varia o comprimento de onda de 400 nm a 750 nm. Ondas longas possuem menos energia que as curtas. Além disso, a frequência das vibrações das cores varia de 405 THz a 790 THz. Logo, não somos capazes de perceber a luz fora desses limites.

Por exemplo, a cor vermelha tem comprimento de onda entre 625 e 740 nm e frequência de 405 a 480 THz, enquanto a cor violeta tem comprimento de onda entre 380 e 440 nm  e frequência de 680 a 790 THz . Portanto, a cor vermelha tem maior comprimento de onda e menor frequência quando comparada com a cor violeta.

Conclusão

Os desencarnados vibram em uma frequência que os olhos e os ouvidos dos encarnados não são capazes de notar. Os médiuns conseguem ouvir e ver os espíritos graças ao corpo espiritual (perispírito) e não ao corpo físico.

Além disso, segundo Peralva, as entidades luminosas precisam, muitas vezes, reduzir o seu tom vibratório, tornando mais densos seus perispíritos, para que os médiuns possam sentir a sua presença.

Carmem Bezerra

sábado, 21 de agosto de 2010

Dúvidas

A reunião mediúnica desta semana me deixou preocupada. Nas comunicações anteriores, eu normalmente via uma imagem e depois frases que me permitiam montar uma estória. Na psicofonia, as respostas chegavam à medida que o esclarecedor fazia as perguntas. Desta vez, a imagem não era nítida e tive dificuldade para entender qual era a estória. Quando o esclarecedor começou a fazer perguntas, me senti um pouco perdida, como não soubesse o que responder. Fiquei em duvida se não forcei a barra.

Na hora, dei como causa a gripe que estava me recuperando e o cansaço do dia de trabalho. Mas terá sido só isso? Será que estou desaprendendo o pouco que já aprendi?

Ontem, no centro, um tarefeiro da casa falou para o grupo de médiuns que o desenvolvimento da mediunidade não é fácil e que devemos persistir. Senti que o recado era para mim. Mas não consigo deixar de me sentir confusa. Estou sempre com medo de estar enganando as pessoas que gosto.

Carmem Bezerra

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O psicoscópio

Eu estou lendo "Estudando a Mediunidade" de Martins Peralva. Este livro discute "Nos domínios da Mediunidade" do Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier. O capítulo V do livro de Peralva e o capítulo 2 do livro de André Luiz discutem o psicoscópio.

"Esse aparelho possibilita identificar as vibrações da alma e observar a matéria, tudo isso sem grande concentração mental. Com ele, os Espíritos classificam, de imediato, as possibilidades de um médium ou de um grupo mediúnico, segundo as radiações que projetam: a moralidade, o sentimento, a educação e o caráter."  http://www.institutoandreluiz.org/sinopse_nosdominiosdamediunidade.html

O assistente Áurus explica o psicoscópio para André Luiz da seguinte forma:
    "É um aparelho a que intuitivamente se referiu ilustre estudioso da fenomenologia espirítica, em fins do século passado. Destina-se à auscultação da alma, com o poder de definir-lhe as vibrações e com capacidade para efetuar diversas observações em torno da matéria – esclareceu Áulus, com leve sorriso. – Esperamos esteja, mais tarde, entre os homens. Funciona à base de eletricidade e magnetismo, utilizando-se de elementos radiantes, análogos na essência aos raios gama."

Peralva acredita que o mentor espiritual se referia a Alfred Erny, autor do livro "O Psiquismo Experimental", quando falou em ilustre estudioso da fenomenologia espirítica.

"O Psiquismo Experimental é uma obra espírita clássica, publicada originalmente em francês, pela editora Flammarion, em Paris, no ano de 1895. Nela o autor faz uma exposição compacta dos principais fenômenos mediúnicos investigados pelos grandes pesquisadores do século XIX, além de suas próprias experiências psíquicas, e analisando-os à luz do entendimento científico e espírita existentes à época."  http://www.autoresespiritasclassicos.com/


No Brasil, o delegado e pesquisador João Alberto Fiorini de Oliveira da Polícia Científica do Paraná desenvolveu um aparelho que tem as características apresentadas no livro de André Luiz.

"O Dr Fiorini explica que a luz da máquina acende graças a energia estática do corpo e seu objetivo é captar as variações eletromagnéticas do meio ambiente e do médium, principalmente às relacionadas com a queda de temperatura no momento da comunicação com o outro mundo.
Geralmente, quando ocorre a incorporação, a temperatura ambiente esfria cerca de 10 a 15 graus devido à locomoção da entidade de uma esfera superior para a nossa dimensão. O pesquisador, afirma que o fenômeno ocorre, mesmo sem corrente elétrica, em razão do impulso provocado por uma força exterior."
http://telacrente.wordpress.com/2010/05/16/tudo-sobre-o-psicoscopio

É interessante notar que a ciência humana começa a comprovar informações trazidas pelo mundo espiritual há mais de 70 anos. Quando os cientistas das academias voltarem a estudar os fenômenos espíritas com seriedade, acharão na codificação kardecista respostas para muitas das suas indagações.

Carmem Bezerra

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Resposta rápida

Ontem, após ter colocado a primeira postagem no blog, fui fazer o Evangelho no Lar. Ao abrir o "Evangelho segundo o Espiritismo" me deparei com o Capítulo XXVIII de Coletâneas de Preces Espíritas. Era uma oração para os médiuns (pag. 419).

O texto inicial de Kardec fala da mediunidade e da necessidade de vigilância e de estudo.

    "O médium que queira gozar sempre da assistência dos bons Espíritos tem de trabalhar por melhorar-se. O que deseja que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça tem de se engrandecer moralmente e de se abster de tudo o que possa concorrer para desviá-la do seu fim providencial. "


O texto termina com uma oração para os médiuns.


    "Deus onipotente, permite que os bons Espíritos me assistam na comunicação que solicito. Preserva-me da presunção de me julgar resguardado dos Espíritos maus; do orgulho que me induza em erro sobre o valor do que obtenha; de todo sentimento oposto à caridade para com outros médiuns. Se cair em erro, inspira a alguém a idéia de me advertir disso e a mim a humildade que me faça aceitar reconhecido a crítica e tomar como endereçados a mim mesmo, e não aos outros, os conselhos que os bons Espíritos me queiram ditar.
    Se for tentado a cometer abuso, no que quer que seja, ou a me envaidecer da faculdade que te aprouve conceder-me, peço que ma retires, de preferência a consentires seja ela desviada do seu objetivo providencial, que é o bem de todos e o meu próprio avanço moral. "

Como espírita, sei que não existem coincidências. Acho que alguém já leu o meu blog.

Carmem Bezerra

domingo, 15 de agosto de 2010

Iniciando a tarefa

Há algum tempo tenho a ideia de começar um blog com o objetivo de discutir a mediunidade.  Sou médium iniciante (insegura, indecisa e preocupada) em uma casa espírita na cidade do Rio de Janeiro.

Nunca fui médium ostensiva, sempre fui mais facilmente identificada como pessoa sensível, nervosa e estrassada. Mas após anos de ESDE, decidi que era hora de estudar a codificação mais a fundo e me escrevi em um curso de mediunidade. Durante esse curso, para minha surpresa, psicografei alguns pequenos textos. Não eram textos meus, disto eu tenho certeza. Alguns eram de uma beleza poética que não me imagino escrevendo-os (sou mais chegada a um drama).

Depois do curso, fui chamada a trabalhar na mesa mediúnica. Fiquei surpresa, mas aceitei sem pensar duas vezes. Imaginei que eu assim poderia melhor desenvolver a pscicografia. Para minha surpresa, aos poucos comecei a trabalhar com a psicofonia. Mas aí começou o meu drama de incertezas.

Sei que o animismo é normal na mediunidade, mas não consigo deixar de me questionar a cada dia se não sou uma fraude. E se eu estiver enganando o grupo com quem trabalho e que gosto tanto? Eles parecem confiar tanto em mim.

Sempre gosto de pesar os dois lados de uma questão e usar a lógica (e também um pouco de drama) para chegar a uma conclusão. Vejamos.

Motivos para eu ser uma fraude:
1 - sempre fui uma apaixonada por cinema, televisão, teatro, etc - não estarei tirando daí as estórias que trago para a mesa medúnica?
2 - nunca tive na minha vida qualquer evento que me apontasse como médium (apenas umas pequenas estórias, mas tudo muito normal);
3 - desde que entrei no espiristismo desejei ser médium, o oculto sempre me fascinou.

Motivos para eu ser uma médium:
1 - as psicografias (ainda as recebo) definitivamente não são minhas - terá sido a psicografia apenas um canal para o início do meu desenvolvimento mediúnico?
2 - as estórias vividas na mesa medúnica não estavam no meu consciente antes da reunião - não é possível que eu tenha um arquivo tão grande de estórias arquivadas no subconsciente e que eu consiga resgatá-las com tanta facilidade.
3 - o centro que eu frequento possui pessoas com alta capacidade moral e mediúnica - eles não me colocariam no trabalho se achasse que eu não tenho condição.

Os motivos para eu me considerar médium e continuar no trabalho parecem ser mais sólidos. Mas não consigo deixar de lado as minhas dúvidas. Gosto muito do grupo e rezo para não ser eu o motivo de qualquer problema.

Carmem Bezerra