segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Os Mensageiros - Capítulo 46

Neste capítulo, André observa o grande número de irmãos infelizes que acompanha os irmãos encarnados.
"Reuniam-se ali, para olhos humanos, trinta e cinco individualidades terrestres e, no entanto, em nosso círculo, o número de necessitados excedia de duas centenas, porquanto, agora, a assembleia estava acrescida de muitas entidades que formavam o séquito perturbador da maioria dos aprendizes ali congregados. Para elas, organizou-se uma divisão especial, que me pareceu constituída por elementos de maior vigilância, visto chegarem, quase obrigatoriamente, acompanhando os que buscavam o socorro espiritual, sem a indicação dos orientadores em serviço nas vias públicas."
Era possível impedir a entrada desses irmãos pertubadores, mas a Espiritualidade lhes permitiu o ingresso para que eles também tivessem a oportunidade de se esclarecer. Entretanto, objetivando impedir que eles pertubassem os trabalhos de assistência, eles foram isolados em uma área limitada por faixas fluídicas.

Vicente pergunta a Aniceto se os encarnados recebem tudo que pedem aos bons Espíritos.
"Recebem o que precisam. Muitos solicitam a cura do corpo, mas somos forçados a estudar até que ponto lhes podemos ser úteis, no particularismo dos seus desejos; outros reclamam orientações várias, obrigando-nos a equilibrar nossa cooperação, de modo a lhes não tolher a liberdade individual."
Resumindo, não sabemos pedir o que é melhor para nós. Infelizmente, os pedidos muitas vezes estão relacionados com as tarefas do dia-a-dia. Queremos que nos digam o que fazer, pois não desejamos a responsabilidade das próprias decisões. Aniceto claramente lembra que quem responde a este tipo de questão não é a Espiritualidade superior, são os Espíritos que ainda estão presos aos valores da carne.
"Muitas entidades desencarnadas estimam o fornecimento de palpites para as diversas situações e dificuldades terrestres, mas esses pobres amigos estacionam desastradamente em questões subalternas, incapazes de uma visão mais alta, em face dos horizontes infinitos da vida eterna, convertendo-se em meros escravos de mentalidades inferiores, encarnadas na Terra. Esquecem que o nosso interesse imediato, agora, deve ser, acima de todos, aquele que se refira à espiritualidade superior. Nossos irmãos inquietos, que forneçam palpites a preguiçosas mentes encarnadas, sobre assuntos referentes à responsabilidade justa e necessária do homem, devem fazê-lo de própria conta."
Notem que Aniceto enfatiza o fato que, neste caso, os desencarnados se transformam em escravos dos encarnados. Sabemos que toda escravidão necessita de resgate. Portanto, os que usam os irmãos infelizes serão responsabilizados por isto.


Carmem Bezerra

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