terça-feira, 30 de outubro de 2012

Os Mensageiros - Capítulo 47

Enquanto o expositor discorria sobre o texto evangélico na reunião espírita, André Luiz observou que as entidades desencarnadas prestavam bastante atenção no que era dito, enquanto a maioria dos irmãos encarnados tinha o pensamento bem longe do que estava sendo falado.

Aniceto então comenta com André e Vicente a importância do pensamento dentro da casa espírita.
"Muitos estudiosos do Espiritismo se preocupam com o problema da concentração, em trabalhos de natureza espiritual. Não são poucos os que estabelecem padrão ao aspecto exterior da pessoa concentrada, os que exigem determinada atitude corporal e os que esperam resultados rápidos nas atividades dessa ordem. Entretanto, quem diz concentrar, forçosamente se refere ao ato de congregar alguma coisa. Ora, se os amigos encarnados não tomam a sério as responsabilidades que lhes dizem respeito, fora dos recintos de prática espiritista, se porventura, são cultores da leviandade, da indiferença, do erro deliberado e incessante, da teimosia, da inobservância interna dos conselhos de perfeição cedidos a outrem, que poderão concentrar nos momentos fugazes de serviço espiritual? Boa concentração exige vida reta. Para que os nossos pensamentos se congreguem uns aos outros, fornecendo o potencial de nobre união para o bem,é indispensável o trabalho preparatório de atividades mentais na meditação de ordem superior. A atitude íntima de relaxamento, ante as lições evangélicas recebidas, não pode conferir ao crente, ou ao cooperador, a concentração de forças espirituais no serviço de elevação, tão só porque estes se entreguem, apenas por alguns minutos na semana, a pensamentos compulsórios de amor cristão. Como veem, o assunto é complexo e demanda longas considerações e ensinamentos."
Podemos usar os comentários do nobre mentor para a mesa mediúnica. Muitas vezes o médium vem para o trabalho preocupado com algum assunto externo. Ele não consegue mudar o foco e a Espiritualidade precisa isolá-lo fluidicamente para que o trabalho mediúnico não seja prejudicado.

O grupo da mesa mediúnica que eu participo tem tido ultimamente problemas de harmonização. Noto que não conseguimos voltar ao padrão de concentração e de dedicação que tínhamos há algum tempo. O coordenador está ciente e tem sempre nos chamado a atenção para a necessidade de orar e vigiar. O problema é que se criou uma espécie de animosidade silenciosa entre alguns membros e enquanto isto não for resolvido, nós não conseguiremos nos harmonizar novamente.


Carmem Bezerra

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