terça-feira, 23 de outubro de 2012

Os Mensageiros - Capítulo 37

Após o culto no lar, André Luiz, Vicente e Aniceto recebem uma refeição leve e simples que não possui termos comparativos com a alimentação terrestre.
"Em oficinas como esta, é possível preservar a pureza de nossas substâncias alimentícias. Os elementos mais baixos não encontram, neste santuário, o campo imprescindível à proliferação. Temos bastante luz para neutralizar qualquer manifestação da treva."
No capítulo 18 do livro "Nosso Lar", Dona Laura explica a André que "todo sistema de alimentação, nas variadas esferas da vida, tem no amor a base profunda. O alimento físico, mesmo aqui, propriamente considerado, é simples problema de materialidade transitória, como no caso dos veículos terrestres, necessitados de colaboração da graxa e do óleo. A alma, em si, apenas se nutre de amor.". Podemos então interpretar que o ambiente terrestre, onde se encontravam os viajores, servia de escudo natural contra as energias negativas. Assim André e seus amigos não precisavam gastar as próprias energias para se defender, o cansaço sentido era menor e a alimentação poderia ser mais frugal.

André então observa que alguns irmãos infelizes procuravam abrigo para se esconder da chuva, mas que fugiam apavorados quando se aproximavam da casa de Dona Isabel. Aniceto explica então o estranho fenômeno.
"Observem como se inclinam para cá, fugindo, em seguida, espantados e inquietos. Estamos colhendo mais um ensinamento sobre os efeitos da prece. Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da oração. Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contato com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm a distância, procurando outros rumos..."
Naturalmente, o mentor está se referindo a prece que vem do coração e não a prece mecânica que muitas vezes fazemos. Eu faço o culto no lar sozinha, mas muitas vezes sinto a presença de outros irmãos (não os vejo). Este é um hábito que nós espíritas precisamos cultivar. De preferência, aproveitando para reunir toda a família.


Carmem Bezerra

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