quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Missonários da Luz - Capítulo 16

Neste capítulo, André Luiz acompanha o esforço de uma Equipe Espiritual para propiciar a comunicação de um Espírito recém-desencarnado com os seus familiares durante uma reunião mediúnica.

O nome do Espírito comunicante é Dionísio. Ele participava de um grupo mediúnico em uma Casa Espírita quando encarnado e este grupo solicitou insistentemente à Espiritualidade pela presença dele em uma das reuniões.

O Mentor Alexandre adverte Dionísio como será a reunião.
"- Ouça, porém, meu amigo! - tornou Alexandre, sereno e enérgico – é indispensável que você medite sobre o acontecimento. Lembre-se de que você vai utilizar um aparelho neuro - muscular que lhe não pertence. Nossa amiga Otávia servirá de intermediária. No entanto, você não deve desconhecer as dificuldades de um médium para satisfazer a particularidades técnicas de identificação dos comunicantes, diante das exigências de nossos irmãos encarnados. Compreende bem?"
Portanto, Alexandre solicita que Dionísio não exija do aparelho mediúnico a manifestação de particularidades que tornariam a comunicação mais facilmente identificável pelos encarnados, mas que exigiriam mais do aparelho mediúnico. O objetivo é poupar a médium.
"- Concentre-se, com atenção, sobre o assunto, peça a luz divina em suas orações e espere-me. Conduzi-lo-ei em nossa companhia, deixando-o, na residência da médium com algumas horas de antecedência, para que você encontre facilidades no serviço de harmonização."
A passagem acima é interessante, pois mostra a dificuldade de comunicação entre os dois planos. O Espírito comunicante, Dionísio, e a médium, Otávia, eram amigos e companheiros de trabalho no mesmo grupo mediúnico e, mesmo assim, é necessária a aproximação algumas horas antes da reunião para que a comunicação se torne possível. André enfatiza esta dificuldade em outra parte do texto quando Dionísio é levada à casa da médium antes da reunião.
"Dionísio começou a falar-lhe de suas necessidades espirituais, comentando a esperança de fazer-se sentir, junto da família terrena e dos antigos colegas de aprendizado espiritualista, notando eu que a médium lhe registrava a presença e a linguagem, em forma de figuração e lembrança, aparentemente imaginárias, na esfera do pensamento. Observei, com interesse, a extensão da fronteira vibratória que nos separa dos Espíritos encarnados, porquanto, em nos achando ali, em frente a uma organização mediúnica adestrada, precisávamos iniciar o trabalho de comunicação, como quem estivesse muitíssimo distante, vencendo, devagarzinho, os círculos espessos de resistência."

Após a reunião, André observa que poucas pessoas presentes acreditam ter realmente ocorrido uma comunicação por parte de Dionísio. A maioria acredita em animismo por parte da médium.
"Entre nós, prevaleciam o controle, a disciplina, o autodomínio; entre eles, sopravam o desequilíbrio e a inquietação. Exigiam um Dionísio – homem pela boca de Otávia, mas nosso plano lhes impunha um Dionísio - espírito, pelas expressões da médium. A família humana aguardava o pai emocionado e ainda submetido a paixões menos construtivas, mas auxiliávamos o irmão para que sua alma se mantivesse calma e enobrecida, em benefício dos próprios familiares terrestres."
O Mentor Alexandre nota a decepção de André e faz a observação final.
"- Quase todas as pessoas terrestres, que se valem de nossa cooperação, se sentem no direito de duvidar. É muito raro surgir um companheiro que se sinta com o dever de ajudar."
Eu fiquei pensando na frase acima e me lembrei quantas vezes duvidei do que presenciei na reunião mediúnica. Entendo hoje que o simples fato de duvidar prejudica o ambiente. Por isso, hoje em dia procuro não analisar nada que acontece durante a reunião, seja comigo ou com outros médiuns.  Quando saio do Centro, eu então tento analisar friamente as comunicações que recebi, tentando descobrir o grau de animismo de cada manifestação. Ainda não me sinto uma médium segura, muitas vezes me pego questionando se algum dia serei. De qualquer forma, continuo o trabalho confiando que, apesar dos erros, a Espiritualidade sabe que estou trabalhando de coração.



Carmem Bezerra

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Missionários da Luz - Capítulo 15

Neste capítulo, André acompanha o caso de uma reencarnação que não consegue se completar. A futura mãe não é sensível aos apelos da Espiritualidade e acaba provocando o aborto.
"Nem sempre a nossa tarefa se desdobra ao longo dos jardins afetivos. Muitas vezes, devemos operar sob verdadeiras tormentas de ódio, que desintegram nossos melhores elementos magnéticos de cooperação. Este caso é típico."
O que o Mentor explica para André é que precisamos fazer a nossa parte: para receber ajuda, precisamos estar em condição de recebê-la. No caso relatado, a mãe age de forma frívola e não pensa na criança que carrega no ventre, assim os Espíritos designados para acompanhar a reencarnação não conseguem completar o processo.

Nunca estamos a sós com os nossos problemas e as nossas dificuldades. Quando oramos, Deus envia os seus anjos para nos confortar e ajudar. Quando esquecemos da oração, as possibilidades de ajuda diminuem, mas mesmo assim não somos esquecidos. Deus sempre olha por nós.



Carmem Bezerra

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Missionários da Luz - Capítulo 14

Neste capítulo, André Luiz faz algumas visitas à casa onde ocorreu a reencanação de Segismundo. Ele quer acompanhar o trabalho feito pela equipe espiritual e ver como ocorre o desenvolvimento do novo corpo físico de Segismundo. Nestas visitas, ele tem a oportunidade de conversar com Apuleio, responsável pela equipe.

Em uma dessa conversas, o Mentor explica para André que existe também a alimentação espiritual. Infelizmente, ainda não temos ciência da importância dessa alimentação.
"Eles se alimentam, diariamente, de formas mentais, sem utilizarem a boca física, valendo-se da capacidade de absorção do organismo perispirítico, mas ainda não sentem a extensão desses fenômenos em suas experiências diárias. No lar, na via pública, no trabalho, nas diversões, cada criatura recebe o alimento mental que lhe é trazido por aqueles com quem convive, temperado com o magnetismo pessoal de cada um. Dessa alimentação dependem, na maioria das vezes, mormente para a imensa percentagem de encarnados que ainda não alcançaram o domínio das próprias emoções, os estados íntimos de felicidade ou desgosto, de prazer ou sofrimento. Segundo você pode observar, também o homem absorve matéria mental, em todas as horas do dia, ambientando, dentro de si mesmo, nos círculos mais íntimos da própria estrutura fisiológica."
Notando a surpresa de André pelo que tinha falado, o Mentor continua a explicação.
"Em sua experiência última na Crosta, quando envergava os fluidos carnais, nunca sentiu perturbação do fígado, depois de um atrito verbal? Jamais experimentou o desequilíbrio momentâneo do coração, recebendo uma noticia angustiosa? Porque a desarmonia orgânica, se a hora em curso era, muitas vezes, de satisfação e felicidade? É que, em tais momentos, o homem recebe «certa quantidade de força mental» em seu campo de pensamento, como o fio recebe a «carga de eletricidade positiva». O ponto de recepção está efetivamente no cérebro, mas se a criatura não está identificada com a lei de domínio emotivo, que manda selecionar as emissões que chegam até nós, ambientará a força perturbadora dentro de si mesma, na intimidade das células orgânicas, com grande prejuízo para as zonas vulneráveis."
Quando eu li este texto, me lembrei das crises que tive  quando passei por períodos muitos conturbados. De imediato, eu perdia o apetite, minha garganta parecia fechada a qualquer alimento. A raiva e a tristeza me alimentavam. Não conseguia pensar em outra coisa.

Como devo ter prejudicado nestes períodos o meu corpo espiritual!

Ainda não me sinto uma pessoa capaz de passar por tempestades sem me alterar emocionalmente, mas já tenho a consciência dos problemas que isto pode me acarretar. E tento sempre recorrer a prece para me reequilibrar novamente.


Carmem Bezerra

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Missionários da Luz - Capítulo 13

Neste capítulo, André Luiz acompanha a reencarnação de Segismundo. Primeiro, há o processo de aproximação entre o Espírito reencarnante e os futuros pais. Em seguida, há todo um trabalho da equipe espiritual para que a ligação do Espírito com o novo corpo físico seja iniciada (só se completa por volta dos 7 anos de idade).

Eu não me sinto competente para discutir tudo que é falado neste texto. Felizmente, uma amiga me forneceu um texto belíssimo de Salvador Gentile que apareceu na Revista Espírita em 1995. Este texto pode ser lido em: http://www.editoraideal.com.br/ler_materia.php?id=99. Depois da leitura do texto de Gentile, fica mais fácil entender o que André Luiz nos narra. Não deixem de ler.


Carmem Bezerra

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Missionários da Luz - Capítulo 12

Neste capítulo, André Luiz visita o setor de Planejamento de Reencarnações em Nosso Lar. São inúmeras as lições aprendidas pelo nosso amigo espiritual. Abaixo, eu listo algumas.
  • À medida que o ser evolui, o processo reencarnatório se torna mais complexo, pois é preciso adequar o corpo físico ao trabalho e ao aprendizado definidos para a encanação.
"Grande percentagem de reencarnações na Crosta se processa em moldes padronizados para todos, no campo de manifestações puramente evolutivas. Mas outra percentagem não obedece ao mesmo programa. Elevando-se a alma em cultura e conhecimentos, e, consequentemente, em responsabilidade, o processo reencarnacionista individual é mais complexo, fugindo à expressão geral, como é lógico. Em vista disso, as colônias espirituais mais elevadas mantêm serviços especiais para a reencarnação de trabalhadores e missionários."
  • No planejamento das reencarnações é feito um criterioso estudo do corpo físico a ser usado. É um verdadeiro trabalho de engenharia onde servidores com diferentes especialidades participam. O usuário do futuro corpo ou pessoas que lhe são próximas participam desse processo.
"As entidades sob nossos olhos são trabalhadores de nossa esfera, interessados em reencarnações próximas. Nem todos estão diretamente ligados ao semelhante propósito, porque grande parte está em trabalho de intercessão, obtendo favores dessa natureza para amigos íntimos. Os rolos brancos que conduzem são pequenos mapas de formas orgânicas, elaborados por orientadores de nosso plano, especializados em conhecimentos biológicos da existência terrena. Conforme o grau de adiantamento do futuro reencarnante e de acordo com o serviço que lhe é designado no corpo carnal, é necessário estabelecer planos adequados aos fins essenciais."
  • André pergunta se a lei da hereditariedade fisiológica influencia na formação do corpo físico como pensam os encarnados.
"Funciona com inalienável domínio sobre todos os seres em evolução, mas sofre, naturalmente, a influência de todos aqueles que alcançam qualidades superiores ao ambiente geral. Além do mais, quando o interessado em experiências novas no plano da Crosta é merecedor de serviços «intercessórios», as forças mais elevadas podem imprimir certas modificações à matéria, desde as atividades embriológicas, determinando alterações favoráveis ao trabalho de redenção."
  • André então quer saber como se processa a reencarnação de Espíritos que, como o pai dele, retornam à esfera carnal em condições bem amargas.
"Se for ele criatura de razão esclarecida, embora não iluminada, permanecia após a morte em estado de queda e não deve ter voltado à bendita oportunidade da escola física sem o trabalho «intercessório» e forte ajuda de corações bem-amados de nosso plano. Nesse caso, terá recebido a cooperação de benfeitores, situados em posições mais altas, que lhe terão endossado as promessas no serviço regenerador. Se ele foi, porém, criatura em esforço puramente evolutivo, circunstância essa na qual não teria regressado em condições amargurosas, contou ele naturalmente com o abençoado concurso dos trabalhadores espirituais que velam, na Crosta, pela execução dos trabalhos reencarnacionistas, em processos naturais."
  • André ouve a palavra completista e quer saber o que ela significa.
"É o título que designa os raros irmãos que aproveitaram todas as possibilidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferecia. Em geral, quase todos nós, em regressando à esfera carnal, perdemos oportunidades muito importantes no desperdício das forças fisiológicas. Perambulamos por lá, fazendo alguma coisa de útil para nós e para outrem, mas, por vezes, desprezamos cinquenta, sessenta, setenta per cento e, frequentemente, até mais, de nossas possibilidades. Em muitas ocasiões, prevalece ainda, contra nós, a agravante de termos movimentado as energias sagradas da vida em atividades inferiores que degradam a inteligência e embrutecem o coração. Aqueles, porém, que mobilizam a máquina física, à maneira do operário fidelíssimo, conquistam direitos muito expressivos em nossos planos. O «completista», na qualidade de trabalhador leal e produtivo, pode escolher, à vontade, o corpo futuro, quando lhe apraz o regresso à Crosta em missões de amor e iluminação, ou recebe veículo enobrecido para o prosseguimento de suas tarefas, a caminho de círculos mais elevados de trabalho."
  • André é advertido sobre a influência das emoções e dos pensamentos na saúde do corpo físico.
"A medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico. Muito raramente não se encontram as afecções diretamente relacionadas com o psiquismo. Todos os órgãos são subordinados à ascendência moral. As preocupações excessivas com os sintomas patológicos aumentam as enfermidades; as grandes emoções podem curar o corpo ou aniquila-lo. Se isso pode acontecer na esfera de atividades vulgares das lutas físicas, imagine o campo enorme de observações que nos oferece o plano espiritual, para onde se transferem, todos os dias, milhares de almas desencarnadas, em lamentáveis condições de desequilíbrio da mente. O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscreverá sua ação profissional ao simples fornecimento de indicações técnicas, dirigindo-se, muito mais, nos trabalhos curativos, às providências espirituais, onde o amor cristão represente o maior papel."
  • Ao final do trabalho de observação, André não deixa de notar a justeza e a beleza das leis divinas. Tudo no universo funciona em harmonia.
"E, durante alguns dias, ali permaneci na instituição benemérita, compreendendo que a existência humana não é um ato acidental e que, no plano da ordem divina, a justiça exerce o seu ministério, todos os dias, obedecendo ao alto desígnio que manda ministrar os dons da vida a cada um por suas obras."
Ao ver o imenso trabalho feito pela Espiritualidade e o pouco caso que muitos têm pela vida, agradeço imensamente ao Mestre Jesus a oportunidade de ter conhecido a Doutrina Espírita.



 Carmem Bezerra