segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Raul Teixeira

Na semana passada, os espíritas brasileiros foram surpreendidos com a notícia que Raul Teixeira sofrera um AVC durante o voo para NY onde iria apresentar palestras para os espíritas americanos. O quadro médico dele teria se agravado por ter ficado de 4 a 5 horas sem atendimento.


Confesso que a minha primeira reação foi de perplexidade: como a espiritualidade deixou isto acontecer?  Por que não impediu a viagem e o fez procurar um médico? Afinal o nosso irmão é um trabalhador incansável do movimento espírita e é portador de uma mediunidade fantástica. Não seria difícil lhe dar um aviso sobre isto.

Depois me senti envergonhada da minha reação. Como posso eu criticar os mentores que conhecem os designos de Deus? Certamente há uma razão para isto ter acontecido e, tenho certeza, em nenhum momento o nosso irmão ficou sem assistência dos bons espíritos.


As notícias publicadas pela  FEB e pela Sociedade Espírita Fraternidade mostram que o quadro clínico de Raul Teixeira está melhorando e que os médicos americanos estão admirados com a sua rápida evolução.

Portanto, vamos continuar a orar pelo pronto restabelecimento dele, fazendo uma corrente de amor e de fé. Deus nunca deixa de ouvir os seus filhos.

79 – Prece – (Por um doente) – Meu Deus, são impenetráveis os vossos desígnios, e na vossa sabedoria enviastes a Fulano uma enfermidade. Voltai para ele, eu vos suplico, um olhar de compaixão, e dignai-vos por um termo aos seus sofrimentos! Bons Espíritos, vós que sois os ministros do Todo-Poderoso, secundai, eu vos peço, o meu desejo de aliviá-lo. Dirigi o meu pensamento, a fim de que possa derramar-se sobre o seu corpo como um bálsamo salutar, e sobre a sua alma como uma consolação. Inspirai-lhe a paciência e a submissão à vontade de Deus; e dai-lhe a força de suportar as suas dores com resignação cristã, para não perder os resultados desta prova por que está passando. 
Preces Espíritas - Evangelho Segundo o Espiritismo



Carmem Bezerra

domingo, 13 de novembro de 2011

Reflexões sobre 2011

Aproveitando o feriadão, estive ontem no Jardim Botânico. Este é um dos locais que mais gosto no Rio de Janeiro. Infelizmente, não consigo ir muito lá. A vida corrida que eu levo não me deixa muito tempo para lazer.

É interessante notar como um local pode nos fazer relaxar, nos transmitir uma paz e recompor a nossa energia. É sem dúvida um oásis dentro de uma cidade tão estressante.

O Jardim estava lotado. Fiquei feliz em ver tantas famílias reunidas. Para as crianças é, sem dúvida, um paraíso. Elas podem correr, gritar, tocar nas plantas e nas construções. Elas são livres. Bem diferente do dia-a-dia cheio de restrições e normas de conduta.


Eu aproveitei a paz do lugar para analisar o ano que se aproxima do fim. Como este ano passou rápido! Estamos a menos de 2 meses de 2012 e não consigo pensar em algo marcante para lembrar de 2011. Está sendo um ano de muito trabalho e de muita luta, mas os anos anteriores também foram. Não há como não lembrar o velho ditado popular: "Os anos passam rápido e os dias demoram a passar".

Lembro-me que uma das minhas promessas de ano novo foi estudar o Livro dos Médiuns. Tenho cumprido essa promessa e acho que termino o estudo até o final de dezembro. Na realidade, esta tarefa foi facilitada pelo livro "Estudando o Livro dos Médiuns" da equipe do projeto Manuel Philomeno de Miranda. Ao usar esta publicação, tudo se tornou apenas uma questão de disciplina, pois os integrantes do projeto foram muito felizes nos questionamentos e ensinamentos sobre o Livro dos Médiuns.

A outra questão diz respeito à mesa mediúnica. Eu estava muito insegura e pensando em sair do grupo. Eu então me prometi que iria ficar até o final de 2011. Se eu continuasse com tantas dúvidas, eu não continuaria em 2012. Meu maior receio era prejudicar o grupo. Ainda tenho dúvidas, não me sinto ainda totalmente segura sobre o trabalho que faço, mas acredito que eu estou no caminho certo. Não tenho mediunidade ostensiva. Provavelmente, nunca terei. Mas eu posso ajudar e espero que um dia eu possa controlar a minha insegurança e ser um instrumento pleno nas mãos da espiritualidade superior.


Carmem Bezerra

domingo, 6 de novembro de 2011

Mediunidade de cura

Comecei a ler o livro "Trilhas da Libertação" do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografado pelo Divaldo. O livro conta a estória de um médium de cura que falha na sua missão por não ser capaz de vencer a vaidade e a luxúria. A leitura me fez lembrar de outro livro há muito tempo lido: "Aconteceu na Casa Espírita" do Espírito Nora, psicografado por Emanuel Cristiano.

Os dois livros tocam no mesmo ponto: a vaidade do médium como porta aberta para a obsessão. Nos dois casos narrados, os espíritos que planejam acabar com o trabalho do médium (ou centro espírita) iniciam o ataque de uma mesma forma: elogios exagerados ao trabalho sendo feito pelo médium. A falta de vigilância dos médiuns garante o sucesso do ataque. Em pouco tempo, os médiuns se colocam acima da Casa Espírita passando a considerar que tudo deve orbitar em torno do que eles acham e estão fazendo. É o início do desastre... para os médiuns.

Os mentores espirituais, sempre atentos ao desenrolar dos acontecimentos, fazem uso dos dirigentes encarnados e de outros médiuns da casa para impedir que o ataque atinja toda a instituição. Nos dois casos narrados, os grupos espíritas se dividem em dois: algumas pessoas seguem o médium invigilante que deixa o centro espírita para montar sua própria casa, enquanto os outros preferem continuar na casa espírita seguindo a orientação do dirigente espiritual.

Imagino que a mediunidade de cura seja uma das mais difíceis de lidar. Os que têm este dom, certamente são bastante assediados por irmãos encarnados e desencarnados. Além disso, como não se sentir envaidecido pelos agradecimentos e a devoção dos que conseguiram a cura?

Há algum tempo, entrei em um blog onde pessoas de diferentes religiões discutiam a mediunidade. Um dos participantes, orgulhoso, informou que tinham lhe dito que possuia o dom da cura e que por isto precisava iniciar o treinamento necessário para a missão que Deus lhe tinha confiado. Os outros partcipantes lhe desejaram sorte e disseram que certamente ela era uma pessoa muito especial por ter recebido tal missão. Minha reação foi rezar por este irmão, desejando que ele nunca esquecesse do ensinamento do Divino Mestre sobre a necessidade de orar e vigiar.


"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." 
Mateus 26:41


Carmem Bezerra