sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Estudando o Livro dos Médiuns (II - 29)

Parte II - Capítulo XXIX - Das reuniões e das Sociedades Espíritas

Neste Capítulo, Kardec nos fala das reuniões e das Sociedades Espíritas.

"As reuniões espíritas oferecem grandíssimas vantagens, por permitirem que os que nelas tomam parte se esclareçam, mediante a permuta das idéias, pelas questões e observações que se façam, das quais todos aproveitam."

As reuniões são classificadas pelo codificador em três tipos:
  • Reuniões frívolas - se compõem de pessoas que só vêem o lado divertido das manifestações, que se divertem com as facécias dos Espíritos levianos, aos quais muito agrada essa espécie de assembléia, a que não faltam por gozarem nelas de toda a liberdade para se exibirem.
  • Reuniões experimentais - têm particularmente por objeto a produção das manifestações físicas. Para muitas pessoas, são um espetáculo mais curioso que instrutivo. Os incrédulos saem delas mais admirados do que convencidos, quando ainda outra coisa não viram.
  • Reuniões instrutivas - haurem o verdadeiro ensino e são presididas pelos Espíritos Superiores. Para que elas ocorram é preciso que haja seriedade de propósitos, que o estudo não seja conduzido de forma leviana, que haja unidade de pensamento e que as reuniões sejam regulares.
"Toda reunião espírita deve, pois, tender para a maior homogeneidade possível. Está entendido que falamos das em que se deseja chegar a resultados sérios e verdadeiramente úteis. Se o que se quer é apenas obter comunicações, sejam estas quais forem, sem nenhuma atenção à qualidade dos que as deem, evidentemente desnecessárias se tornam todas essas precauções; mas, então, ninguém tem que se queixar da qualidade do produto."

As Sociedades Espíritas podem sem entendidas como a formalização das reuniões. Neste caso, um grupo de pessoas forma um núcleo de estudo e de trabalho dentro dos princípios espíritas.

"Uma Sociedade, onde aqueles sentimentos se achassem partilhados por todos, onde os seus componentes se reunissem com o propósito de se instruírem pelos ensinos dos Espíritos e não na expectativa de presenciarem coisas mais ou menos interessantes, ou para fazer cada um que a sua opinião prevaleça, seria não só viável, mas também indissolúvel. A dificuldade, ainda grande, de reunir crescido número de elementos homogêneos deste ponto de vista, nos leva a dizer que, no interesse dos estudos e por bem da causa mesma, as reuniões espíritas devem tender antes à multiplicação de pequenos grupos, do que à constituição de grandes aglomerações. Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem, desde já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade cristã."


Carmem Bezerra

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