terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Mecanismos da Mediunidade - Capítulo XVI

Neste Capítulo, André Luiz discute a influência psíquica que exercemos uns sobre os outros: somos influenciados e influenciamos.
"Na vida comum, todos praticamos espontaneamente a sugestão, em que a obediência maquinal se gradua, em cada um de nós, através de vários graus de rendição à influência alheia."
Quando uma pessoa encarna, ela esquece de tudo e, pela fragilidade do corpo físico inicial, se torna mais suscetível de ser induzida a um determinado comportamento. Por isso, o lar é o primeiro e mais vigoroso centro de indução na Terra.
"À maneira de alguém que recebe esse ou aquele tipo de educação em estado de sonolência, o Espírito reencarnado, no período infantil, recolhe dos pais os mapas de inclinação e conduta que lhe nortearão a existência, em processo análogo ao da escola primária, pelo qual a criança é impelida a contemplar ou mentalizar certos quadros, para refleti-los no desenvolvimento natural da instrução."

Após a primeira infância, a influência dos companheiros (encarnados e desencarnados) pode se tornar mais forte que a recebida no meio familiar. A escola deve então completar o aprendizado do lar e ratificar os ensinamentos recebidos.
"Todavia, a escola edificante espera-os, nas linhas da civilização, para restaurar-lhes, desde cedo, as noções de ordem superior, diante da vida, exalçando os conceitos de elevação moral, imprescindíveis ao aprimoramento da alma."
Como já discutido nos capítulos anteriores deste livro, nós emitimos ondas mentais. De acordo com o teor destas ondas, nós atraímos ou repelimos determinados tipos de Espíritos e a influência que eles podem ter sobre nós.
"Somos todos, assim, médiuns, a cada passo refletores das forças que assimilamos, por força de nossa vontade, na focalização da energia mental."
Portanto, escolhemos por vontade própria que são os nossos companheiros de viagem e por quanto tempo estes companheiros ficam ao nosso lado nos ajudando (ou nos atrapalhando). Cabe só a nós esta escolha, não dá para culpar outra pessoa.
"É assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsidiados de alguns minutos, alienados mentais em marcadas circunstâncias de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimáveis da desarmonia, pela nossa permanência longa em reflexos condicionados viciosos, adquirindo compromissos de grave teor nos atos menos felizes que praticamos, semi-inconscientemente, sugestionados uns pelos outros, porquanto, perante a Lei, a nossa vontade é responsável em todos os nossos problemas de sintonia."

Carmem Bezerra

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