terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Evolução em Dois Mundos - Segunda Parte - I a XX

Nesta segunda parte do livro, André Luiz responde a perguntas. Não é informado quem fez as perguntas, mas não é difícil imaginar que elas foram formuladas por estudiosos espíritas, provavelmente ligados à FEB. Abaixo uma breve apresentação das informações dadas pelo autor espiritual.

I - Alimentação dos desencarnados: além dos alimentos que digerimos para a manutenção do corpo físico, precisamos de outras fontes de energia como o sol e a respiração. Além disso, o corpo espiritual, através dos centros de força, é capaz de captar o fluído cósmico e transformá-lo na energia que precisa. É também através desses centros de energia que alimentamos e somos alimentados com a energia emitida por cada um de nós.
"Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral."
II - Linguagem dos desencarnados: à medida que o Espírito evolui moralmente, ele não precisa mais de palavras para se expressar e ser entendido. A comunicação é feita mente a mente.
"– Incontestavelmente, a linguagem do Espírito é, acima de tudo, a imagem que exterioriza de si próprio."
III - Corpo espiritual e volitação: neste capítulo, André responde a várias perguntas sobre o corpo espirtual como volitação, alteração do formato e cor, ferimentos, exteriorização dos centros vitais, etc.

IV - Linhas morfológicas dos desencarnados: ao desencarnar, o Espírito normalmente mantém a aparência do corpo físico. Com o tempo e o conhecimento que vai adquirindo (ou lembrando), a aparência pode ser modificada.
"Cabe, entretanto, considerar que isso ocorre apenas com os Espíritos, aliás em maioria esmagadora, que ainda não dispõem de bastante aperfeiçoamento moral e intelectual, pois quanto mais elevado se lhes descortine o degrau de progresso, mais amplo se lhes revela o poder plástico sobre as células que lhes entretecem o instrumento de manifestação. Em alto nível, a Inteligência opera em minutos certas alterações que as entidades de cultura mediana gastam, por vezes, alguns anos a efetuar."
V - Apresentação dos desencarnados: André nos fala neste Capítulo que alguns Espíritos tem a capacidade de definir a própria indumentária, enquanto outros (a maioria) ainda precisam de ajuda.
"Decerto, não falta indumentária digna às criaturas que se emanciparam do vaso físico, roupagem, toda ela, confeccionada com esmero e carinho por mãos hábeis e nobres da esfera extrafísica."
VI - Justiça na Espiritualidade: Espíritos mais nobres verificam a situação do desencarnado e decidem como o caso deve ser tratado. O objetivo sempre é a evolução moral.
"– No mundo espiritual, decerto, a autoridade da Justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo."
VII - Vida social dos desencarnados: dois terços dos desencarnados ainda estão muito ligados às coisas da Terra, por isso se organizam em cidades e vivem de acordo com o padrão que tinham no corpo físico.
"Com esses dois terços de criaturas ainda ligadas, desse ou daquele modo, aos núcleos terrenos, encontramos um terço de Espíritos relativamente enobrecidos que se transformam em condutores da marcha ascensional dos companheiros, pelos méritos com que se fazem segura instrumentação das Esferas Superiores."
VIII - Matrimônio e divórcio: neste Capítulo, André defende a instituição do casamento e diz que o divórcio só deve ser acatado quando não há outra alternativa. É preciso entender que não existem uniões fortuitas.
"Não podemos olvidar que, na Terra, o matrimônio pode assumir aspectos variados, objetivando múltiplos fins. Em razão disso, acidentalmente, o homem ou a mulher encarnados podem experimentar o casamento terrestre diversas vezes, sem encontrar a companhia das almas afins com as quais realizariam a união ideal. Isso porque, comumente, é preciso resgatar essa ou aquela dívida que contraímos com a energia sexual, aplicada de maneira infeliz ante os princípios de causa e efeito."
IX - Separação entre cônjuges espirituais: é possível que cônjuges espirituais não possam reencarnar como casal, pois precisam efetuar trabalho específico onde o matrimônio não faz parte.
"– Pode acontecer, por exemplo, que as autoridades superiores escolham um dos cônjuges para serviço particular entre os homens, atendendo a qualidades especiais que possua e com que deva satisfazer a questões e eventualidades terrestres. Além disso, esse ou aquele cônjuge, após venturoso estágio na esfera superior, necessita regressar aos círculos carnais para experiências difíceis no resgate de compromissos determinados."
X - Disciplina afetiva: à medida que o Espírito evolui, ele consegue vencer todos os instintos e as necessidades que herdou durante a sua evolução moral e física. O sexo é um dos instrumentos divinos que devemos aprender a dar o devido valor e respeito.
"Nos planos enobrecidos, realiza-se também o casamento das almas, conjugadas no amor puro, verdadeira união esponsalícia de caráter santificante, gerando obras admiráveis de progresso e beleza, na edificação coletiva, e quando semelhante enlace deva ser adiado, por circunstâncias inamovíveis, os Espíritos de comportamento superior aceitam, na Terra, a luta pela sublimação das forças genésicas, aplicando-as em trabalho digno, com abstenção do comércio poligâmico, tanto mais intensamente quanto mais ativo se lhes revele o esforço no acrisolamento próprio."
XI - Conduta afetiva: com a elevação moral, o Espírito passa a ver toda a humanidade como uma família e acaba com os seus instintos primitivos de posse e exclusividade.
"– Quanto mais elevado o grau de aprimoramento da alma, mais reclamará espontaneamente de si própria a necessária disciplina das energias do mundo afetivo, somente despendendo-as no circuito de forças em que se completa com a alma a que se encontra consorciada, ou, então, em serviço nobre, através do qual opere a evasão das cargas magnéticas de seus impulsos genésicos, transferindo-as para o trabalho em que se lhe projetam a sensibilidade e a inteligência."
XII - Diferenciação dos sexos: o sexo é um instrumento de evolução intelectual e moral. Precisamos passar por corpos masculinos e femininos para adquirir determinados conhecimentos.
"Quanto à perda dos característicos sexuais, estamos informados de que ocorrerá, espontaneamente, quando as almas humanas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, após milênios de burilamento, para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade, refletindo em si, nos degraus avançados da perfeição, a glória divina do Criador."
XIII - Gestação frustrada: a mente tanto pode simular uma gravidez que não existe quanto pode levar a interrupção de uma gravidez real.
"– Em todos os casos em que há formação fetal, sem que haja a presença de entidade reencarnante, o fenômeno obedece aos moldes mentais maternos."
XIV - Aborto criminoso: exceto no caso de perigo para a vida da mãe, o aborto é sempre criminoso. Mesmo que a sociedade aceite tal comportamento, o ato é contra as leis de Deus e os responsáveis terão que responder pela vida que ceifaram.
"Em face de semelhantes fundamentos, certa romagem na carne, entremeada de créditos e dívidas, pode terminar com aparências de regularidade irrepreensível para a alma que desencarna, sob o apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se de outra em que essa mesma criatura assuma a empreitada do resgate próprio, suportando nos ombros as conseqüências das culpas contraídas diante de Deus e de si mesma, a fim de reabilitar-se ante a Harmonia Divina, caminhando, assim, transitoriamente, ao lado de Espíritos incursos em regeneração da mesma espécie."
XV - Passe magnético: a mente influencia as milhões de células que formam o corpo físico. Cada célula é um princípio inteligente ainda no início da escala evolutiva. O passe é uma transfusão de energia que através da corrente sanguínea alcança todas as células renovando a energia.
"Reconhecendo-se a capacidade do fluído magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do Estado Orgânico – particularmente as sanguíneas e as histiocitárias –, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos, por intermédio de ordens automáticas da consciência profunda."
XVI - Determinação do sexo: atualmente a ciência permite escolher o sexo da criança que vai nascer. Se um determinado Espírito estiver programado para nascer em um corpo, ele nascerá, mesmo que as características do corpo não estejam de acordo com o seu nível de entendimento e com as suas necessidades para aquela encarnação.
" ... semelhante ingerência na esfera dos destinos humanos traria consequências imprevisíveis à organização moral, entre as criaturas, porque essa atuação indébita se verificaria apenas no campo morfológico, impondo talvez inversões desnecessárias e imprimindo graves complicações ao foro íntimo de quantos fossem submetidos a tais processos de experimentação, positivamente contrários à inteligência que reflete a Sabedoria de Deus."
XVII - Desencarnação: neste Capítulo, André Luiz fala das mortes prematuras. Ele explica que tais acontecimentos normalmente estão ligados a encarnações anteriores interrompidas por suicídios ou por vidas desregradas. Esses Espíritos precisam primeiro se reequilibrar antes de seguir na sua caminhada evolutiva. É um tratamento de socorro espiritual.
"Ante o impacto da desencarnação provocada, semelhantes recursos da alma entram em pavoroso colapso, sob traumatismo para o qual não há termo correlato na diagnose terrestre."
XVIII - Evolução e destino: neste Capítulo, André explica que ninguém é destinado a fazer o mal, que a permanência do espírito no plano extrafísico está relacionada ao grau de aproveitamento que possa ter, que o trabalho da Espiritualidade para aperfeiçoar as formas físicas na Terra é contínuo e que o cão, o macaco, o gato, o elefante, o muar e o cavalo são os animais que possuem maior riqueza mental, embora ainda não tenham o pensamento contínuo.
"Desse modo, ninguém recebe do Plano Superior a determinação de ser relapso ou vicioso, madraço ou delinquente, com passagem justificada no latrocínio ou na dipsomania, no meretrício ou na ociosidade, no homicídio ou no suicídio, Padecemos, sim, nesse ou naquele setor da vida, durante a recapitulação de nossas próprias experiências, o impulso de enveredar por esse ou aquele caminho menos digno, mas isso constitui a influência de nosso passado em nós, instilando-nos a tentação, originariamente toda nossa, de tornar a ser o que já fomos, em contra-posição ao que devemos ser."
XIX - Predisposições mórbidas: André informa que o estado mórbido muitas vezes tem origem em vidas passadas. Embora o consciente nada registre, a mente pode se sentir culpada e temer o momento em que terá que saldar a dívida.
"Essas enquistações de energias profundas, no imo de nossa alma, expressando as chamadas dívidas cármicas, por se filiarem a causas infelizes que nós mesmos plasmamos na senda do destino, são perfeitamente transferíveis de uma existência para outra. Isso porque, se nos comprometemos diante da Lei Divina em qualquer idade da nossa vida responsável, é lógico venhamos a resgatar as nossas obrigações em qualquer tempo, dentro das mesmas circunstâncias nas quais patrocinamos a ofensa em prejuízo dos outros."
XX - Invasão microbiana: muitas vezes as doenças se instalam facilmente no corpo físico devido ao desequilíbrio da mente que provoca desarmonia nas células sob a nossa responsabilidade.
"Não será lícito, porém, esquecer que o bem constante gera o bem constante e que, mantida a nossa movimentação infatigável no bem, todo o mal por nós amontoado se atenua, gradativamente, desaparecendo ao impacto das vibrações de auxílio, nascidas, a nosso favor, em todos aqueles aos quais dirijamos a mensagem de entendimento e amor puro, sem necessidade expressa de recorrermos ao concurso da enfermidade para eliminar os resquícios de treva que, eventualmente, se nos incorporem, ainda, ao fundo mental."

Carmem Bezerra

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