quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Evolução em Dois Mundos - Primeira Parte - XIII

Neste Capítulo, André Luiz nos fala de fluidos. A Doutrina Espírita chama de Fluido Cósmico Universal (FCU) o elemento primitivo que dá origem a todo tipo de matéria e energia (lembre-se que, de acordo com a Lei da Relatividade, matéria pode se transformar em energia e vice-versa).
"Definimos o fluído, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas."
Como nós estamos mergulhados nesta substância primitiva, nós a absorvemos e a transformamos de forma automática e constante (pela respiração, pelos centros de força,  etc). Além disso, os fluidos são o veículo dos pensamentos dos espíritos encarnado e desencarnado. Nós moldamos o fluido ao nosso redor (atmosfera fluídica) de acordo com a qualidade de nossos pensamentos.
"No plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluído vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluído cósmico, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma."
Tanto o mundo espiritual quanto o mundo físico é formado pelo FCU: a diferença está na densidade do fluído que forma cada mundo. O intercâmbio entre os dois mundos ajuda a acelerar a evolução do princípio inteligente.
"Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de existência, ao fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas."
Neste texto, André nos dá uma informação interessante: as plantas conseguem se reproduzir no mundo espiritual. Eu entendo que isto deve ser usado pela Espiritualidade para adaptar princípios inteligentes de reinos inferiores para o reino vegetal.
"As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira espontânea, a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem exigir maior sacrifício dos habitantes em sua conservação."
Os seres no espaço se agrupam de acordo com a qualidade dos fluidos que os envolvem (e que eles próprios geram). São as esferas espirituais. Entretanto, não devemos imaginar camadas bem divididas em volta da Terra (isto é apenas uma explicação mais didática). É comum que Espíritos vivam lado-a-lado sem se ver, tudo depende do grau evolutivo cada um.
"Muitos comunicantes da Vida Espiritual têm afirmado, em diversos países, que o plano imediato à residência dos homens jaz subdividido em várias esferas. Assim é com efeito, não do ponto de vista do espaço, mas sim sob o prisma de condições, qual ocorre no globo de matéria mais densa, cujo dorso o homem pisa orgulhosamente."
O fluido é o canal que permite a comunicação entre encarnados, entre encarnados e desencarnados e entre desencarnados. Portanto, ele é uma importante ferramenta para a nossa evolução, pois nos permite ouvir seres angelicais quando estamos em sintonia com o bem.
"Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Indústria e da Arte descem das Esferas Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-lhe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos."

Carmem Bezerra

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