domingo, 8 de dezembro de 2013

Evolução em Dois Mundos - Primeira Parte - XV

Como foi visto no Capítulo anterior, desencarnados podem continuar presos às pessoas que amam por ignorrar as possibilidades que se lhes abrem após a morte do corpo físico. É o que André Luiz chama de simbiose espiritual. Neste Capítulo, André discute outro tipo de intercâmbio fluídico, o vampirismo espiritual, cujos alicerces são o ódio e o crime.
"Em processos diferentes, mas atendendo aos mesmos princípios de simbiose prejudicial, encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar ao egoísmo e à crueldade, à ignorância e ao crime."
Quando o desencarnado se fixa em uma mesma ideia (monoideia) por longo tempo, ele pode perder o seu corpo espiritual. Para entender isto, basta lembrar que o corpo mental dá forma ao corpo espiritual (que dá forma ao corpo físico no encarnado). Na monoideia, a mente se fixa em um pensamento e se desliga do resto. Sem o suporte da mente, os órgãos do corpo espiritual deixam de ter funções e atrofiam. Havendo sintonia entre encarnado e desencarnado, ocorre o vampirismo onde o desencarnando passa a viver das energias do encarnando.
"Inúmeros infelizes, obstinados na ideia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confiados a vicioso apego, quando desafivelados do carro físico, envolvem sutilmente aqueles que se lhes fazem objeto da calculada atenção e, auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideística, fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormes transformações na morfologia do veículo espiritual, porquanto, de órgãos psicossomáticos retraídos, por falta de função, assemelham-se a ovoides, vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação, à face dos pensamentos de remorso ou arrependimento tardio, ódio voraz ou egoísmo exigente que alimentam no próprio cérebro, através de ondas mentais incessantes"

Existe vampirismo porque ainda ignoramos a lei de amor e perdão ensinada por Jesus. Somos credores e devedores uns dos outros. Para saldar as nossas dívidas e ganhar créditos para a nossa elevação moral, o melhor instrumento de trabalho é a caridade.
"Importa, no entanto, observar que todos os sofrimentos e corrigendas a que nos referimos estão conjugados para as consciências encarnadas ou não, dentro da lei de ação e reação que a cada um confere hoje o equilíbrio ou o desequilíbrio, por suas obras de ontem, reconhecendo-se também que assim como existem medidas terapêuticas contra o parasitismo no mundo orgânico, qualquer criatura encontra, na aplicação viva do bem, eficiente remédio contra o parasitismo da alma."


Carmem Bezerra

Nenhum comentário:

Postar um comentário