terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Evolução em Dois Mundos - Primeira Parte - XVII

Neste Capítulo, André Luiz nos fala do papel do corpo espiritual na mediunidade. Inicialmente, ele define o que é a aura humana ou halo energético que todos os seres vivos possuem.
"No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura."

É o pensamento quem define a cor da nossa aura e é o fluido vital quem dá forma às imagens que são exteriorizadas a partir da nossa mente (e que podem ser vistas por desencarnados e por sensitivos). Podemos então dizer que a aura é o nosso cartão de visita para a Espiritualidade, pois ela informa qual o nosso potencial na comunicação mediúnica.
"É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da mediunidade na Terra, considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para corresponder-se com os homens liberados do corpo físico."
No início do processo evolutivo humano, o intercâmbio mediúnico se restringia a sugestões para os encarnados e foram denominados de intuições. Com o passar dos tempos e com a evolução moral dos encarnados foi possível aumentar esse intercâmbio durante o sono do corpo físico.
"Amadurecido para pensar e lançando de si a substância de seus propósitos mais íntimos, ensaiou, pouco a pouco, tal como aprendera, vagarosamente, o desprendimento definitivo nas operações da morte, o desprendimento parcial do corpo sutil, durante o sono, desenfaixando-o do veículo de matéria mais densa, embora sustentando-o, ligado a ele, por laços fluídico-magnéticos, a se dilatarem levemente dos plexos e, com mais segurança, da fossa romboide."
Com a contínua evolução no campo moral, o intercâmbio deixou de ocorrer apenas durante o sono físico e passou a ser atributo do corpo físico.
"Consolidadas semelhantes relações com o Plano Espiritual, por intermédio da hipnose comum, começaram na Terra os movimentos da mediunidade espontânea, porquanto os encarnados que demonstrassem capacidades mediúnicas mais evidentes, pela comunhão menos estreita entre as células do corpo físico e do corpo espiritual, em certas regiões do campo somático, passaram das observações durante o sono às observações da vigília, a princípio fragmentárias, mas acentuáveis com o tempo, conforme os graus de cultura a que fossem expostos."
A mediunidade é encontrada em várias culturas e em todas as épocas. Existem relatos na cultura popular, nos livros religiosos (principalmente na Bíblia), em casos científicos e em reportagens da mídia. Nem sempre são estórias edificantes. Mas é preciso entender que ela faz parte de todos nós. Alguns a têm mais desenvolvida (não necessariamente por merecimento), outras a têm ainda latente. Da mesma forma que um dia aprendemos a dominar a voz para se comunicar com os nossos companheiros de jornada na Terra, um dia vamos aprender a fazer da mediunidade um instrumento comum de comunicação com os nossos irmãos desencarnados.
"A mediunidade, no entanto, é faculdade inerente à própria vida e, com todas as suas deficiências e grandezas, acertos e desacertos, é qual o dom da visão comum, peculiar a todas as criaturas, responsável por tantas glórias e tantos infortúnios na Terra."
Carmem Bezerra

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