sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulo 4

Neste Capítulo, André Luiz nos fala dos preparativos antes de uma reunião mediúnica de desobsessão. Do relato é possível fazer alguns comentários:

  • Presença dos irmãos encarnados em tratamento - na época dos fatos narrados no livro, este era um procedimento comum: as pessoas obsediadas eram trazidas para a reunião mediúnica para serem atendidas. Hoje já não se costuma fazer isto. Quando alguém precisa de assistência espiritual, os trabalhadores fazem o atendimento do obsediado durante o seu sono e levam o obsessor para a reunião mediúnica sem necessitar da presença física do primeiro. Deve-se entender que o grupo mediúnico precisa de harmonia para trabalhar e que pessoas estranhas ao trabalho (não entendem o que está acontecendo) podem dificultar e, até mesmo impedir, os procedimentos necessários para o atendimento fraterno. Para evitar grandes danos, a Espiritualidade costuma isolar magneticamente os visitantes. Por isso, esta situação deve ser evitada para que os trabalhadores do bem possam se preocupar apenas com os médiuns e os irmãos desencarnados.
"Dois enfermos, uma senhora jovem e um cavalheiro idoso, custodiados por dois familiares, transpuseram o umbral, localizando-se num dos ângulos da sala, fora do círculo magnético."
  • Companhias espirituais - ninguém está sozinho. E quando visitamos algum lugar, podemos ser seguidos por irmãos que precisam de nossa ajuda. Lembro-me que uma vez, eu estava indo para uma aula de manhã bem cedo no centro da cidade quando senti a aproximação de um irmão doente. Ele me acompanhou durante todo o dia, me provocando mal estar. De noite, eu tinha trabalho de passe na casa que eu frequento. Quando atravessei a porta, senti que ele era afastado de mim. Acredito que ele foi encaminhado para o atendimento fraterno, pois não era dia de reunião mediúnica e a presença dele iria atrapalhar os trabalhos que eu ia participar. 
"São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas da instituição, e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas ideias salvadoras, expressas na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário. Modificado o centro mental daqueles que habitualmente vampirizam, essas entidades veem-se como que despejadas de casa, porquanto, alterada a elaboração do pensamento naqueles a quem se afeiçoam, experimentam súbitas reviravoltas nas posições em que falsamente se equilibram. Algumas delas, rebeladas, fogem dos templos de oração como este, detestando-lhes temporariamente os serviços e armando novas perseguições às suas vítimas, que procuram até o reencontro; contudo, outras, de algum modo tocadas pelas lições ouvidas, demoram-se no local das predicações, em ansiosa expectativa, famintas de maior esclarecimento."
  • A força da palavra - mais uma vez somos lembrados que Jesus não criou uma religião. O bem é uma força que existe nas pessoas que amam. Por isso, no meio espírita existem hoje carinho e admiração pelo Papa Francisco. Acreditamos que ele é uma luz e uma esperança para os nossos irmãos católicos. Que ele consiga conduzir bem o seu rebanho até o Pastor Maior.
"A palavra desempenha significativo papel nas construções do espírito. Sermões e conferências de sacerdotes e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados no Infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral."
  • Doenças na Espiritualidade - como já discutido diversas vezes, o nosso perispírito é um reflexo da nossa mente. Para curar o corpo (espiritual e físico) é preciso primeiro curar a mente. 
"Nossos irmãos sofredores trazem consigo, individualmente, o estigma dos erros deliberados a que se entregaram. A doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem depois da morte do corpo físico."

Carmem Bezerra

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