domingo, 29 de setembro de 2013

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulo 23

Neste Capítulo André Luiz presencia o atendimento a uma irmã obsediada por antigo inimigo que a obriga agir como se fosse um animal. Levada a um atendimento médico, certamente esta irmã seria diagnosticada com alguma doença mental e seria internada em um manicômio.
- É um problema complexo de fascinação. Nossa irmã permanece controlada por terrível hipnotizador desencarnado, assistido por vários companheiros que se deixaram vencer pelas teias da vingança. No ímpeto de ódio com que se lança sobre a infeliz, propõe-se humilhá-la, utilizando-se da sugestão. Não fosse o concurso fraternal que veio recolher neste santuário de prece, em transes como este seria vítima integral da licantropia deformante. Muitos Espíritos, pervertidos no crime, abusam dos poderes da inteligência, fazendo pesar tigrina crueldade sobre quantos ainda sintonizam com eles pelos débitos do passado. A semelhantes vampiros devemos muitos quadros dolorosos da patologia mental nos manicômios, em que numerosos pacientes, sob intensiva ação hipnótica, imitam costumes, posições e atitudes de animais diversos.
Segundo O Livro dos Médiuns, “a palavra obsessão é um termo genérico pelo qual se designa um conjunto desses fenômenos, cujas principais variedades são a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.” (LM., Cap. XXIII, 238). Portanto, a Codificação distingue três graus de obsessão:
  • Obsessão simples - ocorre quando um espírito ou vários influenciam a mente de uma pessoa com suas ideias, mas de maneira tal que a pessoa consciente percebe.
  • Fascinação - é uma ação direta e constante do pensamento de um espírito sobre a mente da pessoa paralisando-lhe o raciocínio de tal modo que este aceita tudo que lhe é passado pelo espírito como a mais pura verdade.
  • Subjugação - é uma influência tão forte sobre a mente da pessoa que esta não mais raciocina e nem age por si mesma, agindo como marionete do espírito ou dos espíritos que a influenciam.
O caso narrado por André parece mais ser uma subjugação do que uma fascinação. Entretanto, o fato da obsediada ter aceitado procurar ajuda em um centro espírita mostra que não está ainda totalmente subjugada. Deve ser por isso que o Mentor classificou o caso como fascinação.


Carmem Bezerra

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