segunda-feira, 18 de junho de 2012

Nosso Lar - Capítulo 6

Após ouvir as lamentações de André Luiz, Clarêncio o adverte:
"Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios."
Neste trecho do livro, mais uma vez recebemos a advertência sobre a importância dos nossos pensamentos. É preciso lembrar que existem dois elementos elementos gerais no universo: espírito e matéria (questão 79 do Livro dos Espíritos). Deus cria os Espíritos (questões 80 e 81 do Livro dos Espíritos). A matéria é plasmada pela força do pensamento dos Espíritos, pois Deus assim o permite. Sabemos que existem Espíritos Puros que trabalham na co-criação de mundos. No livro A Caminho da Luz, Emmanuel nos narra que Jesus organizou os elementos que formaram a Terra e permitiram o surgimento da vida humana. As ferramentas usadas pelo Divino Mestre foram a vontade e o pensamento.


Entretanto, a criação não é exclusiva dos Espíritos das ordens mais elevadas. Quando pensamos, criamos formas-pensamento que ficam ao nosso redor. São estas formas que moldam o ambiente em que vivemos e que atraem os Espíritos que com elas se identificam.

No livro Sexo e Obsessão, Manuel Philomeno de Miranda narra o que viu no quarto de um irmão preso aos desatinos da pedofilia e que bem exemplifica o que eu estou falando.
"O ambiente psíquico do quarto, possivelmente em razão das emanações habituais do residente vinculado aos desejos mórbidos, era deplorável. Entidades ociosas e viciadas ali permanenciam, umas em atitude de vigilância, enquanto outras se apresentavam como parasitas que se nutriam dos vibrões mentais e das formas-pensamento exteriorizadas pelo paciente infeliz."

Portanto, nós também somos co-criadores da matéria e usamos as mesmas ferramentas que os Espíritos mais elevados: o pensamento e a vontade. Mas, como crianças, ainda não somos capazes de entender e usar adequadamente o presente divino.

No final do capítulo, Clarêncio completa o conselho a André Luiz com uma lição maravilhosa.
"As almas débeis, ante o serviço, deitam-se para se queixarem aos que passam; as fortes, porém, recebem o serviço como patrimônio sagrado, na movimentação do qual se preparam, a caminho da perfeição."
Portanto, é parar de se queixar, arregaçar as mangas e começar o bom plantio.

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."    Chico Xavier


Carmem Bezerra


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