quarta-feira, 13 de junho de 2012

Nosso Lar - Capítulo 2

Abaixo alguns comentários sobre este capítulo do livro. Não vou recontar aqui a estória de André Luiz, isto fica por conta de cada um.

"Torturava-me a fome, a sede me escaldava."

André conta que sentia fome e sede como qualquer pessoa encarnada. Isto se deve ao fato de, na época da morte do corpo físico, ele ser uma pessoa muito ligada à matéria. Quanto mais evoluído é o Espírito, menos necessidades fisiológicas ele tem. Já me disseram que quando Madre Teresa de Calcutá faleceu, ela deixou o corpo na cama como se deixa uma roupa e foi ajudar imediatamente outras pessoas. Para Madre Teresa, a vida continuou normalmente, sem sobressaltos. Não foi esta a situação de André Luiz. Ele viveu para os valores do mundo e nunca se preocupou com a vida espiritual.

"Crescera-me a barba, a roupa começava a romper-se..."

Esta passagem é explicada no Capítulo XIV de "A Gênese".
14. - Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.

Portanto, André era o próprio responsável pelas mudanças que estavam ocorrendo. O perispírito é um reflexo do nosso corpo mental. Somos o que pensamos. Emmanuel costuma aparecer com o porte e a vestimenta de Senador da Roma Antiga. Foi nesta época que ele conheceu Jesus, por isso ele considera esta encarnação especial. A roupa rasgada e a barba crescida são eventos esperados na Terra após um tempo. Como espírito ainda muito materializado, André não podia esperar continuar com a mesma aparência. Ele refletiu no perispírito aquilo que ele achava que deveria acontecer. Entretanto, não são apenas Espíritos mais evoluídos que intencionalmente mudam a sua aparência. Basta que o Espírito em questão tenha o conhecimento sobre manipulação de fluidos e, como sabemos, o avanço intelectual nem sempre acompanha o avanço moral.

"Que buscas, infeliz! Aonde vais, suicida?"

Os outros espíritos que se encontravam no mesmo nível vibratório de André (o viam e podiam vê-lo) o consideravam suicida. Isto se deve ao fato de que nada pode ser escondido na espiritualidade. Não há máscaras. Por exemplo, quem está triste, mostra isto no seu padrão vibratório. A causa do desencarne de André podia ser identificado pelos que o viam. Nada precisava ser dito.

"- Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara."

Esta passagem no livro mostra um exemplo da importância da oração. Quando André Luiz orou de coração ao Criador, ele foi socorrido. De nada valem as orações nascidas apenas dos lábios e que são meras repetições de frases ensinadas. A oração verdadeira é sempre respondida. Deus nos ouve sempre quando pedimos a sua ajuda.



Carmem Bezerra

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