domingo, 3 de março de 2013

Obreiros da Vida Eterna - Capítulo 2

Neste Capítulo, André Luiz fala de uma reunião que participou no Santuário da Benção. Antes do início da reunião, enquanto as pessoas presentes aguadavam a chegada de Mentores de regiões mais elevadas, André tem a oportunidade de conversar com algumas delas.

A primeira conversação que André participa é sobre a palavra que sai da nossa boca. É preciso lembrar que somos energia e que criamos quando pensamos. A palavra falada se reveste da energia que colocamos nela. Ao falar com carinho, transmitismo energia boa com as nossas palavras. Ao falar com raiva, transmitimos uma energia ruim.
"É lamentável se dê tão escassa atenção, na Crosta da Terra, ao poder do verbo, atualmente tão desmoralizado entre os homens. Nas mais respeitáveis instituições do mundo carnal, segundo informes fidedignos das autoridades que nos regem, a metade do tempo é despendida inutilmente, através de conversações ociosas e inoportunas. Isso, referindo-nos somente às mais respeitáveis. Não se precatam nossos irmãos em Humanidade de que o verbo está criando imagens vivas, que se desenvolvem no terreno mental a que são projetadas, produzindo consequências boas ou más, segundo a sua origem. Essas formas naturalmente vivem e proliferam e, considerando-se a inferioridade dos desejos e aspirações das criaturas humanas, semelhantes criações temporárias não se destinam senão a serviços destruidores, através de atritos formidáveis, se bem que invisíveis."
A segunda conversa que André participa é sobre a teoria do subinconsciente de Freud. O interlocutor chama a atenção do caráter incompleto que tal teoria possui, pois ela só leva em conta a encarnação presente e nós somos o resultado de várias encarnações. É interessante observar que o principal discípulo de Freud, Carl Jung, era médium, mas se recursou a assumir publicamente a sua mediunidade. Teria ele como missão ampliar a teoria de Freud?
Os “complexos de inferioridade”, o “recalque”, a “libido”, as “emersões do subconsciente” não constituem fatores adquiridos no curto espaço de uma existência terrestre e, sim, característicos da personalidade egressa das experiências passadas. A subconsciência é, de fato, o porão dilatado de nossas lembranças, o repositório das emoções e desejos, Impulsos e tendências que não se projetaram na tela das realizações imediatas; no entanto, estende-se muito além da zona limitada de tempo em que se move um aparelho físico. Representa a estratificação de todas as lutas com as aquisições mentais e emotivas que lhes foram consequentes, depois da utilização de vários corpos. Faltam, pois, às teorias de Segismundo Freud e seus continuadores a noção dos princípios reencarnacionistas e o conhecimento da verdadeira localização dos distúrbios nervosos, cujo inicio muito raramente se verifica no campo biológico vulgar, mas quase que invariavelmente no corpo perispiritual preexistente, portador de sérias perturbações congênitas, em virtude das deficiências de natureza moral, cultivadas com desvairado apego, pelo reencarnante, nas existências transcorridas. As psicoses do sexo, as tendências inatas à delinquência, tão bem estudadas por Lombroso, os desejos extravagantes, a excentricidade, muita vez lamentável e perigosa, representam modalidades do patrimônio espiritual dos enfermos, patrimônio que ressurge, de muito longe, em virtude da ignorância ou do relaxamento voluntário da personalidade em círculos desarmônicos.


Carmem Bezerra

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