segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Missionários da Luz - Capítulo 1


Neste capítulo, André Luiz visita uma reunião em um Centro Espírita. Ao chegar, ele observa o grande número de irmãos desencarnados presentes e a harmonia existentes entre os trabalhadores encarnados.
"Reparei que fios luminosos dividiam os assistentes da região espiritual em turmas diferentes. Cada grupo exibia características próprias. Em torno das zonas de acesso, postavam-se corpos de guarda, e compreendi, pelo vozerio do exterior, que, também ali, a entrada dos desencarnados obedecia a controle significativo. As entidades necessitadas, admitidas ao interior, mantinham discrição e silêncio."
O Instrutor Alexandre explica para André como é difícil a comunicação entre as duas esferas da vida. Ele deixa bem claro que não basta o médium estar presente à reunião mediúnica. É necessário esforço contínuo do trabalhador para se aperfeiçoar e para se manter em sintonia com a Espiritualidade Maior.
"Transmitir mensagens de uma esfera para outra, no serviço de edificação humana - continuou -, demanda esforço, boa vontade, cooperação e propósito consistente. É natural que o treinamento e a colaboração espontânea do médium facilitem o trabalho; entretanto, de qualquer modo, o serviço não é automático... Requer muita compreensão, oportunidade e consciência."
Em seguida, o Mentor define para André a grândula pineal como a glândula da vida espiritual.
"No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles, a potência divina dorme embrionária."

 
Por último, André descreve todo o trabalho da Espiritualidade para sustentar o médium e não permitir que a reunião abale a sua saúde física. Um ponto interessante é a descrição de como se processa a psicografia.
"Depois de cumprimentar-nos ligeiramente, Calixto postou-se ao lado do médium, que o recebeu com evidente sinal de alegria. Enlaçou-o com o braço esquerdo e, alçando a mão até ao cérebro do rapaz, tocava-lhe o centro da memória com a ponta dos dedos, como a recolher o material de lembranças do companheiro. Pouco a pouco, vi que a luz mental do comunicante se misturava às irradiações do trabalhador encarnado. A zona motora do médium adquiriu outra cor e outra luminosidade. Alexandre aproximou-se da dupla em serviço e colocou a destra sobre o lobo frontal do colaborador humano, como a controlar as fibras inibidoras, evitando, quanto possível, as interferências do aparelho mediúnico."
Notem que o Espírito comunicante busca na mente do médium as informações que precisa para transmitir a mensagem. Por isso, Ivone Pereira, Chico Xavier e Divaldo Franco narram que foram levados em desdobramento para conhecer o que iriam narrar em seus livros. É preciso lembrar que a comunicação entre os dois mundos é feita principalmente por pensamento. O médium capta a imagem e usa as palavras que conhece. A outra forma é a psicografia mecânica onde o Espírito movimenta a mão do médium e este não tem ideia do que está escrevendo. Este tipo de comunicação está cada vez mais rara. A tendência é que as comunicações sejam feitas mente a mente.


Carmem Bezerra



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