quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Missionários da Luz - Capítulo 5

Neste capítulo, Andre Luiz é convidado pelo Instrutor Alexandre a acompanhar 3 médiuns de uma mesma família até a casa deles. Ao sair da Casa Espírita, ele sente logo a diferença de ambiente.
"A modificação, evidentemente, é inexprimível. Entre as vibrações harmoniosas da paisagem interior, iluminada pela oração, e a via pública, repleta de emanações inferiores, há diferenças singulares. O pensamento elevado santifica a atmosfera em torno e possui propriedades elétricas que o homem comum está longe de imaginar. A rua, no entanto, é avelhantado repositório de vibrações antagônicas, em meio de som brios materiais psíquicos e perigosas bactérias de varia da procedência, em vista de a maioria dos transeuntes lançar em circulação, incessantemente, não só as colônias imensas de micróbios diversos, mas também os maus pensamentos de toda ordem."
André observa que os três médiuns mantêm uma conversa edificante sobre o Espiritismo. Ele fica então se questionando como é possível que dois desses médiuns sejam perseguidos por irmãos infelizes. A explicação de Alexandre não se faz esperar.
"Prometem excessivamente com as palavras; todavia, operam pouco no campo dos sentimentos. Com exceções, irritam-se ao primeiro contato com a luta mais áspera, após reafirmarem os mais sadios propósitos de renovação e, comumente, voltando cada semana ao núcleo de preces, estão nas mesmas condições, requisitando conforto e auxílio exterior. Não é com facilidade que cumprem a promessa de cooperação com o Cristo, em si próprios, base fundamental da verdadeira iluminação."
André pergunta ao Mentor se não seria possível afastar os espíritos infelizes que obsediam os médiuns.
"Os interessados - explicou Alexandre, a sorrir - forçariam, por sua vez, à volta deles. Já se fez a tentativa que você lembrou, no propósito de beneficiá-los. De modo indireto, mas a nossa irmã se declarou demasiadamente saudosa do companheiro e o nosso amigo afirmou, intimamente, sentir-se menos homem, levando humildade à conta de covardia e tomando o desapego aos impulsos inferiores por tédio destruidor. Tanto expediram reclamações mentais que as suas atividades interiores constituíram verdadeiras invocações, e, em vista do vigoroso magnetismo do desejo constantemente alimentado, agregaram-se-lhes, de novo, os companheiros infelizes."
Nesta passagem, Alexandre chama atenção para o fato que os encarnados podem também obsidiar os desencarnados. Por isso, não adianta retirar os obsessores usando a força. É preciso que os irmãos encarnados eduquem os próprios pensamentos e trabalhem no bem de acordo com a lei de amor de Jesus.



Carmem Bezerra



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