domingo, 9 de dezembro de 2012

Missionários da Luz - Capítulo 4

Neste capítulo, André Luiz tenta conseguir do Instrutor Alexandre mais informações sobre os estranhos barcilos de natureza psíquica que notara nos médiuns que participavam da reunião.
"A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica, segundo conhecemos no campo de cogitações terrestres, não vai além do vaso de barro, dentro do mol de preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletira imediatamente."
Na explicação de Alexandre é possível entender que o pensamento de ordem inferior gera o ambiente propício para o surgimento e o desenvolvimento de larvas psíquicas. Estas larvas ou barcilos são formas-pensamento que ganham vida e passam a se alimentar da energia vital de quem as criou.
"Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões. E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lançamos em circulação nas correntes da vida."
Como estes vermes mentais se alimentam da energia vital dos seus criadores, eles são portadores de vigoroso magnetismo animal. Por isso, essas larvas são alimentos para os irmãos desencarnados em sintonia com os irmãos encarnados. É como os desencarnados conseguem se sentir "vivos" novamente. Esse "roubo" de energia é conhecido por vampirismo.
"Naturalmente que a fauna microbiana, em análise, não será servida em pratos; bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital."
Vendo que André ficara chocado com a informação da existência de vampiros no mundo espiritual, o Mentor lembra a ele a situação dos animais no planeta Terra.
"Se temos sido vampiros insaciáveis dos seres frágeis que nos cercam, entre as formas terrenas, abusando de nosso poder racional ante a fraqueza da inteligência deles, não é demais que, por força da animalidade que conserva desveladamente, venha a cair à maioria das criaturas em situações enfermiças pelo vampirismo das entidades que lhes são afins, na esfera invisível."
Depois desta belíssima lição apresentada por André Luiz neste texto, é impossível não se lembrar das palavras do divino Mestre: "orai e vigiai".


Carmem Bezerra 

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