segunda-feira, 23 de julho de 2012

Nosso Lar - Capítulo 31

Narcisa recebe a informação que uma mulher está pedindo socorro em um dos portões de Nosso Lar. A entrada da infeliz não foi permitida pelo vigia, pois ela está rodeada de pontos negros. André Luiz não visualiza os pontos negros e Narcisa explica que a visão espiritual dele ainda não está suficientemente educada.

Paulo, chefe dos vigilantes, é chamado para decidir se a mulher pode ser admitida em Nosso Lar.
"Esses pontos escuros representam cinquenta e oito crianças assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia. Essa desventurada criatura foi profissional de ginecologia. A pretexto de aliviar consciências alheias, entregava-se a crimes nefandos, explorando a infelicidade de jovens inexperientes. A situação dela é pior que a dos suicidas e homicidas, que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto."
A mulher implora para entrar em Nosso Lar, mas não demonstra nenhum remorso. Nega todo mal que fez na Terra.
"Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranquila, canalha!... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra. Fui caridosa e crente, boa e pura..."
Quando a mulher vai embora, Paulo observa:
"Observaram o Vampiro? Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega  tranquilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu."
Em Missionários da Luz, André Luiz volta ao assunto e fornece a definição de vampiro:
"... é toda entidade ociosa que se vale indebitamente das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é preciso reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens."
 Suely Caldas, em Obsessão/Desobsessão, discute também a existência dos vampiros:
"Realmente encontramos muitos desencarnados que agem como ectoparasitas, ou seja, absorvendo as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam, aqui e ali, como são os que aproximam eventualmente dos fumantes, dos alcoólotras e de todos aqueles que se entregam aos vícios e desregramentos de qualquer espécie."
Um vampiro é um irmão que suga as energias de outros irmãos (encarnados e desencarnados), que não vê no trabalho do bem o alimento para o seu espírito. Portanto, Paulo agiu corretamente ao impedir a entrada da infeliz em Nosso Lar. Ela ainda não se encontrava pronta para receber ajuda e só iria pertubar os outros irmãos que estavam em recuperação nas Câmaras de Retificação.


Carmem Bezerra

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