domingo, 22 de julho de 2012

Nosso Lar - Capítulo 30

Neste capítulo, André Luiz conhece Paulina cujo pai se encontra pertubado por ter tido a morte antecipada pelo próprio filho por meio de eutanásia. Narcisa explica a situação para André.
"Os casos de herança, em regra, são extremamente complicados. Com raras exceções, acarretam enorme peso a legadores e legatários. Neste caso, porém, vemos não só isso, mas também a eutanásia. A ambição do dinheiro criou, em toda a família de Paulina, esquisitices e desavenças. Pais avarentos possuem filhos esbanjadores. Fui a casa de nossa amiga, quando o irmão, o Edelberto, médico de aparência distinta, empregou, no genitor quase moribundo, a chamada "morte suave". Esforçamo-nos por o evitar, mas foi tudo em vão. O pobre rapaz desejava, de fato, apressar o desenlace, por questões de ordem financeira, e aí temos agora a imprevidência e o resultado - o ódio e a moléstia."
Esta passagem do livro nos mostra que ninguém deve brincar de "ser Deus". Este irmão antecipou a morte do próprio pai e desencadeou pertubações para ele e para a sua família. Mesmo que o motivo fosse aliviar o sofrimento paterno (não era este o caso), a eutanásia é condenável diante das leis divinas.

Eu me preocupo muito quando vejo discussão na mídia sobre eutanásia e pena de morte. Será que em dois mil anos não aprendemos nada? Deus é o criador e só Ele pode definir o término da vida em uma encarnação. Qualquer tentativa de mudar o curso da vida é ir contra as determinações do Pai.

Não existe eutanásia por amor. Quem mata para aliviar o sofrimento do doente está na realidade querem se poupar do sofrimento. A vida na Terra é apenas uma visita, nosso lugar é no Mundo Maior. Que Deus nos ilumine para fazer cada segundo da nossa passagem na Terra valer a pena!
A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace.
Victor Hugo

Carmem Bezerra

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