sábado, 7 de julho de 2012

Nosso Lar - Capítulo 21

Neste capítulo, André Luiz nos fornece duas informações interessantes sobre a vida na Espiritualidade: propriedade de imóveis e reminiscências de vidas passadas.

Em relação ao primeiro assunto, André Luiz recebeu a seguinte explicação de D. Laura:
“- Tal como se dá na Terra, a propriedade aqui é relativa. Nossas aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus-hora, no fundo, é o nosso dinheiro. Quaisquer utilidades são adquiridas com esses cupons, obtidos por nós mesmos, a custa de esforço e dedicação. As construções em geral representam patrimônio comum, sob controle da Governadoria; cada família espiritual, porém, pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando trinta mil bônus-hora, o que se pode conseguir com algum tempo de serviço.”
Muitas pessoas imaginam que após a morte do corpo físico "vão descansar em paz". Este é um erro dissiminado pela maioria das religiões terrenas. O tabalho é uma ferramenta para a nossa evolução moral. Não existem privilégios no Mundo Maior.

O segundo assunto foi discutido quando André quis saber de D. Laura se ela tinha recordado de imediato o passado ou se tinha esperado o curso do tempo.
“- Esperei-o - replicou, sorridente -; antes de tudo, é indispensável nos despojarmos das impressões físicas. As escamas da inferioridade são muito fortes. É preciso grande equilíbrio para podermos recordar, edificando. Em geral, todos temos erros clamorosos, nos ciclos da vida eterna. Quem lembra o crime cometido costuma considerar-se o mais desventurado do Universo; e quem recorda o crime de que foi vítima, considera-se em conta de infeliz, do mesmo modo. Portanto, somente a alma, muito segura de si, recebe tais atributos como realização espontânea. As demais são devidamente controladas no domínio das reminiscências, e, se tentam burlar esse dispositivo da lei, não raro tendem ao desequilíbrio e à loucura.”
Ela então explicou que ela e o marido tinham tido permissão para ler as anotações feitas pelo Ministério do Esclarecimento sobre as vidas passadas na Terra nos últimos trezentos anos. André perguntou se a simples leitura dessas anotações tinha sido suficiente para lembrar de tudo.
“- Não. A leitura apenas informa. Depois de longo período de meditação para esclarecimento próprio, e como surpresas indescritíveis, fomos submetidos a determinadas operações psíquicas, a fim de penetrar os domínios emocionais das recordações. Os espíritos técnicos no assunto nos aplicaram passes no cérebro, despertando certas energias adormecidas... Ricardo e eu ficamos, então, senhores de trezentos anos de memória integral. Compreendemos, então, quão grande é ainda o nosso débito para com as organizações do planeta!...”
A situação narrada por D. Laura é própria do nível evolutivo em que ela se encontrava. Espíritos Superiores se apropriam imediatamente do conhecimento de vidas passadas logo após o desencarne. Como já dito neste estudo, Madre Teresa de Calcultá começou a trabalhar logo depois da morte do corpo físico. Não pediu qualquer explicação e não precisou de período de recuperação. Apenas largou o corpo físico e foi ajudar os que precisavam.


Carmem Bezerra

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