quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Mecanismos da Mediunidade - Capítulo XXIV

Neste Capítulo, André Luiz nos fala sobre obsessão. Este tema tem sido bastante discutido nos livros de Manuel Philomeno de Miranda com a psicografia do Divaldo Franco. Pretendo reler esses livros logo que eu terminar a coleção de André Luiz.
"Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais."
Item 45, Capítulo XIV, A Gênese

Depois do desencarne, nós precisamos encarar os erros e os acertos na última passagem pela Terra. Não há como escapar do julgamento da nossa consciência. Cada um habita, após a morte do corpo físico, o mundo com o qual tem sintonia. Portanto, parafraseando Sartre poderíamos dizer: "o inferno somos nós mesmos".
"Na intimidade dessas províncias de sombra, em que se agrupam multidões de criminosos, segundo a espécie de delito que cometeram, Espíritos culpados, através das ondas mentais com que essencialmente se afinam, se comunicam reciprocamente, gerando, ante os seus olhos, quadros vivos de extremo horror,junto dos quais desvairam, recebendo, de retorno, os estranhos padecimentos que criaram no ânimo alheio."
Sabemos que estamos cercados por Espíritos (Emmanuel informou em 1952 no livro "Roteiro" que existiam cerca de 22 bilhões de Espíritos na Terra; e sabemos que atualmente existem cerca de sete bilhões de pessoas encarnadas). Alguns são nossos amigos e tentam nos ajudar. Outros podem nos odiar e tentar nos levar à ruína moral. Também existem Espíritos que não possuem qualquer vínculo com o nosso passado ou com o nosso presente, mas se sentem atraídos por alguma conduta que temos nesta vida (pode ser uma conduta boa ou uma conduta infeliz). Nós influenciamos e somos influenciados pelos Espíritos que nos cercam. Cabe a nós aceitar ou não a influência dos outros (encarnados e desencarnados). Por causa desta influência espiritual, todas as pessoas são consideradas médiuns. Os que sofrem algum tipo de obsessão também são médiuns, mas médiuns doentes. Portanto, só se deve franquear o acesso dessas pessoas às mesas mediúnicas após resolver o problema.
"Tais enfermos da alma, tantas vezes submetidos, sem resultado satisfatório, à insulina e à convulsoterapia, quando recomendados ao auxílio dos templos espíritas, poderão ser tidos como médiuns? Sem dúvida, são médiuns doentes, afinizados com os fulcros de sentimento desequilibrado de onde ressurgiram para novo aprendizado entre os homens."
Não há religião boa ou religião má, o que define a melhor religião para cada um é a forma como os ensinamentos nos influenciam e nos melhoram. Entretanto, a Doutrina Espírita apresenta uma grande vantagem: ela explica a vida espiritual e que a cura para todos os males fica em nós. Novamente parafraseando Sartre podemos dizer: o céu somos nós mesmos.
"... é justo encarecer, assim, a oportunidade e a excelência do amparo moral da Doutrina Espírita, como sendo o recurso mais sólido na assistência às vítimas do desequilíbrio espiritual de qualquer matiz, por oferecer-lhes, no estudo nobre e no serviço santificante, o clima indispensável de transmutação e harmonização, com que se recuperem, no domínio dos pensamentos mais íntimos, para assimilarem a influência benéfica dos agentes espirituais da necessária renovação."
Carmem Bezerra

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