sábado, 8 de junho de 2013

Libertação - Capítulo 6

Neste Capítulo, André Luiz introduz o conceito de ovoides, até então desconhecido no meio espírita. Atualmente, existem vários livros que falam sobre o assunto. Inclusive André Luiz volta ao assunto no livro "Evolução em dois mundos".

Em primeiro lugar, é preciso entender que existe uma confusão linguística em relação ao termo perispírito. Na Codificação, Kardec chamou de perispírito ao envoltório que liga a alma ao corpo (Questão 135 do Livro dos Espíritos). Nos seus livros, André Luiz nos informa da existência do corpo mental e do duplo etérico. Alguns estudiosos da Doutrina Espírita defendem que, para sermos fiéis aos termos usados pelo Codificador, devemos chamar de perispírito ao conjunto formado pelo corpo mental, corpo espiritual e duplo etérico. Outros estudiosos acreditam que Kardec falou apenas de um dos corpos que temos entre o Espírito e o corpo físico e que tudo não foi dito pelos Espíritos por ainda não haver maturidade para isto.


No livro em estudo, André adota a segunda posição: o perispírito é apenas um dos corpos que temos. Através do Instrutor Gúbio aprendemos que um espírito perde o períspirito em três situações:
  1. Quando o Espírito evolui e deixa a esfera da matéria densa. Ele vai recriar o perispírito usando a matéria do mundo em vai morar;
  2. Quando o Espírito reencarna, ele perde o perispírito e o reconstrói junto com um novo corpo físico;
  3. Quando o Espírito, em profundo desequilíbrio, fixa o pensamento em uma única ideia (normalmente de vingança ou de remorso). É como se o fluxo de energia entre o corpo mental e o perispírito fosse cortado e este morresse (atrofia das células do corpo espiritual por falta de uso).
"Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual. Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais. Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes. "
No terceiro caso discutido acima, os Espíritos assumem a forma de ovoides e são usados para obsidiar irmãos encarnados e desencarnados.
"Ante o intervalo espontâneo, reparei, não longe de nós, como que ligadas às personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras. Semelhavam-se a pequenas esferas ovoides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano. Variavam profusamente nas particularidades. Algumas denunciavam movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras, contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo vital das personalidades em movimento."

Para recompor o perispírito, é preciso que estes espíritos reencarnem.
"Em verdade, agora se categorizam em conta de fetos ou amebas mentais, mobilizáveis, contudo, por entidades perversas ou rebeladas. O caminho de semelhantes companheiros é a reencarnação na Crosta da Terra ou em setores outros de vida congênere, qual ocorre à semente destinada à cova escura para trabalhos de produção, seleção e aprimoramento."
Em "Diretrizes de Segurança", Divaldo afirma na questão 83 que é possível um ovoide se comunicar na mesa mediúnica.
"Como a vida do ovoide é um estágio somente mental, a comunicação mediúnica proporciona-lhe uma pré-recomposição do perispírito, em face da união com o do médium, preparando-o para a futura reencarnação."
Nada fica fora da misericórdia divina, mas todos colhem o que plantam.


Carmem Bezerra 

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