terça-feira, 18 de junho de 2013

Libertação - Capítulo 12

Este Capítulo é um dos mais belos que já li nos livros de André Luiz. Como contado pelo autor espiritual, Gúbio se oferece para ajudar Saldanha nos seus problemas familiares, sem nada pedir em troca, sem tentar doutrinar o angustiado obsessor.

A oração que Gúbio faz pelos familiares de Saldanha é um hino de amor e fé nos ensinamentos do Cristo. Merece ser lida e meditada por todos nós. Abaixo apenas um pequeno trecho. 
"Misericordioso amigo, não nos deixe, sem rumo, relegados à limitação dos nossos próprios sentimentos...Acrescenta-nos a fé vacilante, descortina-nos as raízes comuns da vida, a fim de compreendermos, finalmente, que somos irmãos uns dos outros. Ensina-nos que não existe outra lei, fora do sacrifício, que nos possa facultar o anelado crescimento para os mundos divinos. Impele-nos à compreensão do drama redentor a que nos achamos vinculados. Ajuda-nos a converter o ódio em amor, porque não sabemos, em nossa condição de inferioridade, senão transformar o amor em ódio, quando os teus desígnios se modificam, a nosso respeito."
Questionado por Saldanha quais eram as armas justas no serviço de salvação, Gúbio não vacila e dar uma resposta que também nos serve na seara espírita.
"- Em todos os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor, dilatando-lhe as fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda parte, a grande fé, vitoriosa e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante, arrebatando-a às culminâncias da vida."
Este capítulo nos diz que o exemplo é sempre mais poderoso que qualquer discurso. Gúbio não se impôs pelas palavras, mas pela ação no bem. Ele não falou sobre o amor de Deus, ele mostrou o que esse amor é capaz de fazer. 



Carmem Bezerra

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