quarta-feira, 1 de maio de 2013

No Mundo Maior - Capítulo 11

Neste Capítulo, André Luiz relata uma palestra sobre sexo que assistiu junto com Calderaro para irmãos encarnados em desdobramento.
“Inútil é supor que a morte física ofereça solução pacífica aos Espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o corpo aos desregramentos passionais. A loucura, em que se debatem, não procede de simples modificações do cérebro: dimana da desassociação dos centros perispiríticos, o que exige longos períodos de reparação. Indiscutivelmente, para a maioria dos encarnados, a fase juvenil das forças fisiológicas representa delicado estádio de sensações, em virtude das leis criadoras e conservadoras que regem a família humana; Isto, porém, é acidente e não define a realidade substancial. A sede do sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua sublime organização.”
O palestrante não condena o sexo. Ele faz parte da nossa evolução espiritual e física. O que ele condena é o desequilíbrio: sexo por sexo, sexo pela busca desenfreada do prazer e como sinônimo de independência e maturidade. É isto que mais me dói quando observo a juventude atual. Hoje há a cultura do exibicionismo, da leviandade e da urgência quando o assunto é sexo. É difícil ver uma propaganda na mídia em que o assunto não seja pelo menos insinuado.
“É mister acender, em derredor de nossos irmãos encarnados na Terra, a luz da compaixão fraterna, traçando caminhos definidos à responsabilidade individual. Haja mais amor ante os vales da demência do instinto, e as derrocadas cederão lugar a experiências santificantes. Como fazer valer o abençoado serviço do médico à vítima da angústia sexual, se tem a defrontá-lo, vibrante, a hostilidade da família? Como salvar doentes da alma, numa instituição de benemerência, se o organismo social esmaga os enfermos com todo o peso de sua opinião e de sua autoridade? Naturalmente, constituiria pieguice rogar à sociologia a transformação imediata de seus códigos, ou impor à sociedade humana certas normas de tolerância, incompatíveis com as suas necessidades de defesa. Mas podemos manter louvável serviço de compreensão mais ampla, melhorar as disposições dos nossos amigos encarnados na Crosta do Mundo e despertá-los lentamente para a solução que nos interessa a todos.”
Não devemos ver o sexo como instrumento do mal, algo que deve ser atacado. Não, ele é instrumento para a nossa educação moral. E como qualquer outra lição que temos de aprender, o objetivo é encontrar o equilíbrio nas emoções e nas atitudes.


Carmem Bezerra

Nenhum comentário:

Postar um comentário