sexta-feira, 31 de maio de 2013

Libertação - Capítulo 2

Neste Capítulo, André Luiz tem a oportunidade de questionar o Instrutor Gúbio sobre a existência das cidades espirituais organizadas e comandadas por espíritos perversos. Nesta conversa são levantadas alguns pontos doutrinários que só agora começam a ficar mais claros para mim.
  • A morte não reforma as ideias e nem as atitudes em um passe de mágica. Ao invés de reconhecer os erros cometidos, muitos se consideram injustiçados ou abandonados por Deus.
"Por que razão, nós mesmos, antes de acordar a consciência para a revelação divina, nos precipitávamos nas linhas inferiores, todos os dias, contrariando espetacularmente a Lei? A frente dos olhos, contávamos com bendito dilúvio de claridade solar, jorrando incessante do Espaço Infinito... sabíamos que a existência do corpo correria rápida, que seríamos defrontados pela morte comum a todos, que regressaríamos do mundo carnal pela mesma porta misteriosa, através da qual penetráramos nele; no entanto, quantas vezes teremos menoscabado a Sabedoria Excelsa, com atitudes de criminosa indiferença?"
  • O nosso corpo é um universo onde abrigamos princípios inteligentes no início do processo evolutivo. Somos responsáveis por estes irmãozinhos que influenciamos com os nossos pensamentos e atitudes. Por isso, o suicídio é um ato tão condenável diante das Leis Divinas.
"Existem princípios, forças e leis no universo minúsculo, tanto quanto no universo macrocósmico. Dirija um homem a sua vontade para a ideia de doença e a moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as características dos moldes estruturados pelo pensamento enfermiço, porque a sugestão mental positiva determina a sintonia e receptividade da região orgânica, em conexão com o impulso havido, e as entidades microbianas, que vivem e se reproduzem no campo mental das milhões de pessoas que as entretêm, acorrerão em massa, absorvidas pelas células que as atraem, em obediência às ordens interiores, reiteradamente recebidas, formando no corpo a enfermidade idealizada."
  • Toda matéria tem origem no fluido cósmico universal. Portanto, o que diferencia uma matéria da outra é quem a organizou e o objetivo da sua criação.
"Os átomos que integram a hóstia dum templo, são, no fundo, iguais àqueles que formam o pão pobre de uma penitenciária. Assim, toda matéria em si mesma. Passiva e plástica, é análoga nas mãos das entidades sábias ou ignorantes, amorosas ou brutalizadas, no estado de condensação conhecido na Crosta Planetária, e além dele. Em razão disso, são compreensíveis as transitórias construções levantadas em nosso plano por criaturas desviadas do bem. Para quem anestesiou as faculdades no prazer fugitivo, a separação da carne geralmente constitui acesso a doloroso estágio na incompreensão."
  • Deus permite a organização das entidades perversas em cidades porque estes irmãos ainda não possuem condição de morar em cidades espirituais mais elevadas. O convívio entre iguais pode ajuda-los a reconhecer os erros e fazê-los sentir a necessidade de mudança.
"Não será o mesmo que perguntar o motivo pelo qual o Senhor nos esperou até ontem? acreditaremos em paraísos miraculosos? não sabemos, porventura, que cada homem se sentará no trono que levantou ou se projetará ao fundo do abismo que preferiu? Além disto, é necessário reconhecer que se o lapidário aprimora a pedra, usando lima resistente, o Senhor do Universo aperfeiçoa o caráter dos filhos transviados de Sua Casa, usando corações endurecidos, temporariamente afastados de Sua Obra. Nem sempre o melhor juiz pode ser o homem mais doce."

 
Carmem Bezerra

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