segunda-feira, 1 de julho de 2013

Libertação - Capítulo 18

Antes do encontro esperado com Gregório, Matilde aparece para falar com os irmãos que se encontram na casa de Margarida em busca de socorro. Como Matilde é um espírito de esferas mais elevadas, ela se materializa na crosta terrestre usando a matéria do perispírito de Gúbio.
"Mais alguns instantes e Matilde surgiu diante de nós, venerável e bela. O fenômeno da materialização de uma entidade sublimada ali se fizera prodigioso aos nossos olhos, em processo quase análogo ao que se verifica nos círculos carnais."
Na materialização, o espírito usa a matéria do corpo de um médium. Para que o espírito possa se materializar na Terra é preciso que um médium de efeitos físicos doe ectoplasma (material fluídico). Com este material, o espírito se torna tangível e palpável. Quando o processo termina, o material doado para o fenômeno retorna para o médium.

O caso mais famoso relatado na Terra é a do espírito Kate King e da médium Florence Cook. O fenômeno foi estudado pelo físico inglês William Crookes durante vários meses. Ele submeteu o espírito materializado e a médium a vários testes. A conclusão do cientista foi que o fenômeno era legítimo (não tinha fraude) e que era uma prova da comunicação entre o mundo material e o mundo espiritual.


No caso narrado por André, Gúbio foi o doador de material fluídico (retirado do seu próprio perispírito) para que Matilde pudesse ser vista pelo irmãos infelizes. Portanto, os fenômenos mediúnicos ocorrem na Espiritualidade de forma similar ao que ocorrem na Terra.

A preleção feita por Matilde é belíssima e merece ser lida com atenção. É um verdadeiro hino de amor e confiança na bondade de Deus.
"Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual. A criatura, encarnada ou desencarnada, onde estiver, respira entre os raios de vida superior ou inferior que emite, ao redor dos próprios passos, tal qual a aranha que se confunde nos fios escuros que produz ou da andorinha que corta os altos céus com as próprias asas. Todos nós exteriorizamos energias, com as quais nos revestimos, e que nos definem muito mais que as palavras."
No trecho acima, Matilde nos lembra que somos os únicos responsáveis pelo mundo que criamos ao nosso redor. A felicidade, ou a infelicidade, é tecida por nós mesmos nas atitudes, palavras e pensamentos do dia a dia.

 
Carmem Bezerra

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