sexta-feira, 26 de julho de 2013

Entre a Terra e o Céu - Capítulos 17, 18, 19 e 20

Nos Capítulos 17, 18 e 19, pela narração de André Luiz descobrimos como as vidas de Amaro (Armando), Zulmira (Lina), Júlio, Antonina (Lola), Leonardo e Mário Silva (Esteves) se entrelaçaram na segunda metade do século XIX e como eles voltaram a se encontrar no século XX. Para ajudar Mário Silva a relembrar a vida passada, o Ministro Clarêncio faz uso de passes. Entretanto, nenhum tratamento foi necessário para Amaro, ele relembrou o passado sem dificuldades. Isto aconteceu por ele ser uma entidade mais espiritualizada e pronta para o resgate do passado.

No Capítulo 20, recebemos de Clarêncio várias elucidações sobre o perispírito. Vale a pena comentá-las com mais detalhes.

  • O perispírito (ou corpo fluídico, ou corpo espiritual) é "gerenciado" por sete centros de força (figura acima) que recebem a energia gerada pela nossa mente. Se temos uma mente equilibrada, a energia gerada mantém o corpo espiritual harmonizado. Se temos uma mente presa a ideias de ódio, inveja ou tristeza, a energia que alimenta o corpo espiritual é ruim e pode danificá-lo. Isto significa que a mente perturbada pode gerar desarmonia em um ou mais centros de força. Quando um dos centros está desequilibrado, ele puxa mais energia dos outros centros, colocando todo o corpo espiritual em desequilíbrio. Como estes centros de força estão ligados ao corpo físico através dos plexos nervosos, a desarmonia constante no perispírito gera doenças no corpo físico.
"- Como não desconhecem, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo electromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado."
  • O perispírito é espelho da nossa mente. Quanto mais espiritualizada é a pessoa, menos material é o seu corpo espiritual. A medida que evoluímos moralmente, nos desprendemos da matéria: deixamos de precisar dela para nos sentir vivos.
"Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o «habitat» que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins, O crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em que nos movemos, após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e arquivada em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina."
  • Quando desequilibramos, com os nossos atos e pensamentos, um dos centros de força, temos na vida física a oportunidade para reequilibrá-lo. No caso narrado por André, o pequeno Júlio fora suicida na vida anterior. Ele usara de formicida para tentar se matar. Tendo sido salvo nesta tentativa, tentara novamente o suicídio por afogamento. A atitude de Júlio danificou seriamente o centro de força laríngeo e isto repercutirá no corpo físico da sua próxima reencarnação.
"- Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste. No caso de Júlio, observamo-lo como autor da perturbação no «centro laríngeo», alteração que se expressa por enfermidade ou desequilíbrio a acompanhá-lo fatalmente à reencarnação."
Como já disse André neste mesmo livro, nós somos herdeiros de nós mesmos.


Carmem Bezerra

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