terça-feira, 23 de julho de 2013

Entre a Terra e o Céu - Capítulos 11 e 12

No Capítulo 11, André Luiz narra a conversa com duas trabalhadoras do educandário que visitava com Clarêncio e Hilário. Como uma dessas irmãs trabalhava ajudando seguidores da Igreja Católica Romana, Hilário então quis saber como era possível auxiliar católicos já que eles não aceitavam a comunicação com os mortos.
"- Muito simplesmente, o culto da oração é o meio mais seguro para a nossa influência. A mente que se coloca em prece estabelece um fio de intercâmbio natural conosco..."
A trabalhadora também explica que a missa católica pode ser um ambiente para a ajuda espiritual.
"Se o ato religioso é simples, partilhado por mentes e corações sinceros, inclinados à caridade evangélica e centralizados na luz da oração, com os melhores sentimentos que possuem, o culto se reveste de grande valor, pelas vibrações de paz e carinho que arremessa na direção daquele a quem é endereçado. Frequentemente, as missas humildes, realizadas aos primeiros cânticos da manhã, são as mais favoráveis ao nosso concurso. Podemos, com mais segurança, articular as possibilidades ao nosso alcance e ambientá-las a benefício daqueles que esperam de nós o amparo necessário."
Ela esclarece que quando um templo religioso é dedicado à memória de alguém, as pessoas envolvidas na obra do bem são sempre assistidas pela espiritualidade, mesmo que a obra leve o nome de alguém que não tem elevação espiritual.
"- Numa contingência dessas, mensageiros de Jesus responsabilizar-se-iam pela instituição, distribuindo aí os benefícios adequados aos merecimentos e necessidades de cada um."
No Capítulo 12, o grupo reconduz Antonina para o lar após o seu encontro com o filho desencarnado. Clarêncio aproveita para analisar a situação de Leonardo, avô de Antonina, que continua morando com ela depois da morte do corpo físico. O perispírito de Leonardo se apresentava tão pesado e tão denso quanto a túnica de carne.
"- O psicossoma ou o perispírito da definição espírita não é idêntico de maneira absoluta em todos nós, assim como, na realidade, não existem dois corpos físicos totalmente iguais. Cada criatura vive num carro celular diferente, apesar das peças semelhantes, impostas pela lei das formas. No círculo de matéria densa, sofre a alma encarnada os efeitos da herança recolhida dos pais, entretanto, na essência, a lei da herança funciona invariavelmente do indivíduo para ele mesmo. Detemos tão somente o que seja exclusivamente nosso ou aquilo que buscamos. Renascemos na Terra, junto daqueles que se afinam com o nosso modo de ser. O dipsômano (alcoólatra) não adquire o hábito desregrado dos pais, mas sim, quase sempre, ele mesmo já se confiava ao vício do álcool, antes de renascer. E há beberrões desencarnados que se aderem àqueles que se fazem instrumentos deles próprios."
Nós moldamos o nosso corpo espiritual com os nossos atos e pensamentos e o copo espiritual modela o corpo físico. Portanto, somos herdeiros de nós mesmos.


Carmem Bezerra

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