segunda-feira, 15 de julho de 2013

Entre a Terra e o Céu - Capítulos 3 e 4

Nos Capítulos 3 e 4, André Luiz fornece mais informações sobre o drama vivido por Evelina. Sua mãe, Odila, desencarnara há alguns anos deixando órfãos ela e o Júlio. O pai de Evelina, Amaro, casara então com Zulmira que sentia ciúmes dos filhos do primeiro casamento, em especial do pequeno Júlio de oito anos.

Em um passeio em um fim de semana, Zulmira deixou Júlio se afogar na praia. Ela poderia tê-lo salvado, mas preferiu ficar livre de uma vez do filho da outra mulher. Sentindo-se culpada pela morte do menino, Zulmira passou a ser obsidiada pela primeira esposa que já a perseguia desde o casamento.
"- O sentimento de culpa é sempre um colapso da consciência e, através dele, sombrias forças se insinuam... Zulmira, pelo remorso destrutivo, tombou no mesmo nível emocional de Odila e ambas se digladiam num conflito de morte, inacessível aos olhos humanos comuns. É um caso em que a medicina terrestre não consegue interferência."
Clarêncio explica que a morte de Júlio já estava programada quando ele reencarnara, mas Zulmira era responsável pelas ideias que alimentara a respeito e por não ter tentado impedir o acontecimento naquele momento.
"- Júlio trazia consigo a morte prematura no quadro de provações. Era um suicida reencarnado... A segunda esposa de Amaro, porém, sofre o resultado das infelizes deliberações que albergou no espírito. Padece o retorno das vibrações envenenadas que arremessou na direção do menino. Pelo ciúme, criou ao redor de si mesma um ambiente pestilencial, em que os seus próprios pensamentos malignos conseguiram prosperar, assim como um fruto apodrecido desenvolve em si mesmo os vermes que o devoram. Supondo-se responsável pela morte da criança, de vez que asilou o delituoso plano a que nos referimos, Zulmira abandonou-se ao mal que trazia consigo, imantando-se, ainda, ao mal de que a adversária é portadora, e tornou-se, por isso, enferma e dementada."
Mais uma vez André nos lembra que somos responsáveis não só por nossos atos, como por nossos pensamentos. Quando desejamos mal a outro, estamos usando nossas energias para atacar outra pessoa. E tudo que parte de nós, retorna a nós. Neste caso narrado por André, Zulmira abriu uma porta na sua defesa pessoal ao desejar o mal da criança. Esta porta passou a ser usada por Odila para obsidiá-la.

 
Carmem Bezerra

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