segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Nosso Lar - Capítulo 40

André Luiz reconhece, entre as pacientes das Câmaras de Retificação, uma antiga empregada da casa paterna com quem se relacionara intimamente e depois abandonara. Narcisa então o aconselha:
"Não tema. Aproxime-se dela e reconforte-a. Todos nós, meu irmão, encontramos no caminho os frutos do bem ou do mal que semeamos. Esta afirmativa não é frase doutrinária, é realidade universal. Tenho colhido muito proveito de situações iguais a esta. Bem-aventurados os devedores em condições de pagar."
A irmã infeliz, sem reconhecer André, lhe conta a sua estória. André então quer saber se ela guarda rancor do rapaz rico responsável por sua desgraça.
"No período do meu sofrimento anterior, amaldiçoava-lhe a lembrança, nutrindo por ele um ódio mortal; mas a irmã Nemésia modificou-me. Para odiá-lo, tenho de odiar a mim mesma. No meu caso, a culpa deve ser repartida. Não devo, pois, recriminar ninguém."
A estória narrada por André nos mostra que ninguém escapa da prestação de contas. Casos semelhantes a este aconteceram e acontecem aos milhares. Quantas violações às leis de Deus ocorrem sem que a justiça humana tome comnhecimento? Mas nenhuma dessas violações será esquecida da justiça divina. Nós temos que pagar as nossas dívidas "até o último ceitil".

Quando eu vejo na mídia esses escândalos de desvio de dinheiro público, eu sinto uma grande tristeza. Fico imaginando as oportunidades perdidas para fazer o bem e quanto choro será necessário para pagar as dívidas tão levianamente feitas.

"Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza."
      Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXIV, item 16.

Carmem Bezerra

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