domingo, 5 de agosto de 2012

Nosso Lar - Capítulo 39

André Luiz ficou impressionado com o caso Tobias e procurou a mãe de Lísias para maiores esclarecimentos na primeira folga que teve do trabalho. Ela não se furtou a dar esclarecimento sobre o assunto.
"Muita gente pode ter afeição e não ter compreensão. Não esqueça que nossas construções vibratórias são muito mais importantes que as da Terra. O caso Tobias é o caso de vitória da fraternidade real, por parte das três almas interessadas na aquisição de justo entendimento. Quem não se adaptar à lei de fraternidade e compreensão, logicamente não atravessará essas fronteiras. As regiões obscuras do Umbral estão cheias de entidades que não resistiram a semelhantes provas. Enquanto odiarem, assemelham-se a agulhas magnéticas sob os mais antagônicos influxos; enquanto não entenderem a verdade, sofrerão o império da mentira e, consequentemente, não poderão penetrar as zonas de atividade superior. São incontáveis as criaturas que padecem longos anos, sem qualquer alívio espiritual, simplesmente porque se esquivam à fraternidade legítima."
André então pergunta a D. Laura o que acontece com os irmãos que não conseguem conviver fraternalmente com quem compartilhou a vida matrimonial na Terra.
"Depois de padecimentos verdadeiramente infernais, pelas criações inferiores que inventam para si mesmas, vão fazer na experiência carnal o que não conseguiram realizar em ambiente estranho ao corpo terrestre. Concede-lhes a Bondade Divina o esquecimento do passado, na organização física do planeta, e vão receber, nos laços da consanguinidade, aqueles de quem se afastaram deliberadamente pelo veneno do ódio ou da incompreensão. Daí se infere a oportunidade, cada vez mais viva, da recomendação de Jesus, quando nos aconselha imediata reconciliação com os adversários. O alvitre, antes de tudo, interessa a nós mesmos. Devemos observá-lo em proveito próprio. Quem sabe valer-se do tempo, finda a experiência terrena, ainda que precise voltar aos círculos da carne, pode efetuar sublimes construções espirituais, com relação à paz da consciência, regressando à matéria grosseira, suportando menor bagagem de preocupações. Há muitos espíritos que gastam séculos tentando desfazer animosidades e antipatias na existência terrestre e refazendo-as após a desencarnação. O problema do perdão, com Jesus, meu caro André, é problema sério. Não se resolve em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas aquele que perdoa realmente, precisa mover e remover pesados fardos de outras eras, dentro de si mesmo."
O que D. Laura explica é que não existe posse de pessoas no mundo espiritual: ninguém é dono de outra pessoa. O que une as pessoas é o amor fraternal. Se dois corações vibram na mesma sintonia, eles caminham juntos nas lutas evolutivas. Se dois corações não conseguem entender os desígnios divinos, eles voltam à Terra em provas expiatórias.
“Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, imaginemos com que imenso amor nos compete amar aqueles que nos oferece o coração.”
                         Sinal Verde, Chico Xavier/André Luiz
Carmem Bezerra

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