sábado, 6 de abril de 2013

No Mundo Maior - Capítulo 2

Neste capítulo, André Luiz reproduz a preleção de Eusébio para os irmãos encarnados. É um texto belíssimo, impossível de ser resumido. Entretanto, gostaria de chamar atenção para  três pontos comentados pelo palestrante.

O primeiro ponto se refere à importância da fé raciocinada. Deus não nos pede que sejamos crentes cegos, mas que nos iluminemos para assim ajudar na iluminação dos outros.

"Enfastiados das repetidas sensações no plano grosseiro da existência, intentais pisar outros domínios. Buscais a novidade, o conforto desconhecido, a solução de torturantes enigmas; todavia, não olvideis que a chama do próprio coração, convertido em santuário de claridade divina, é a única lâmpada capaz de iluminar o mistério espiritual, em nossa marcha pela senda redentora e evolutiva. Ao lado de cada homem e de cada mulher, no mundo, permanece viva a Vontade de Deus, relativamente aos deveres que lhes cumprem. Cada qual tem à sua frente o serviço que lhe compete, como cada dia traz consigo possibilidades especiais de realização no bem. O Universo enquadra-se na ordem absoluta. Aves livres em limitados céus, interferimos no plano divino, criando para nós prisões e liames, libertação e enriquecimento. Insta, pois, nos adaptemos ao equilíbrio divino, atendendo à função insulada que nos cabe, em plena colmeia da vida."

O segundo ponto é a necessidade de trabalho no bem. A fé sem obras é estéril e para nada serve.
"O Plano Superior não se interessa pela incorporação de devotos famintos de um paraíso beatifico. Admitiríeis, porventura, vossa permanência na Crosta Planetária, sem finalidades específicas? se a erva tenra deve produzir consoante objetivos superiores, que dizer da magnífica inteligência do homem encarnado? que não há que esperar da razão iluminada pela fé! Receberíamos tão sagrados depósitos de conhecimento edificante para um sacrifício por nada? teríamos o aljôfar de tais bênçãos para fortalecer o propósito egoístico de alcançar o céu sem escalas preparatórias, sem atividades purificadoras?"
O terceiro ponto é que não somos seres da Terra, mas do Universo. É preciso nos lembrar da nossa origem divina.
"O Governo Universal não nos circunscreveu as atividades à guarda de altares perecíveis. Não fomos convocados a velar no círculo particular duma interpretação exclusivista, senão a cooperar na libertação do Espírito encarnado, abrindo horizontes mais claros à razão humana, refazendo o edifício da fé redentora que as religiões literalistas esqueceram." 



Carmem Bezerra

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