domingo, 13 de outubro de 2013

Nos Domínios da Mediunidade - Capítulo 28

Neste Capítulo, André Luiz, Hilário e Áureo visitam uma reunião de materialização. Este tipo de fenômeno é difícil de realizar, pois os encarnados presentes nas reuniões não costumam cooperar com a sintonia no bem.
"- Venho com vocês até aqui, considerando as finalidades do socorro aos enfermos, porque, embora sejam muitas as tentativas de materialização de forças do nosso plano, na Terra, com raras exceções quase todas se desenvolvem sobre lastimáveis alicerces que primam por infelizes atitudes dos nossos irmãos encarnados. Só os doentes, por enquanto, no mundo, justificam a nosso ver o esforço dessa espécie, junto das raras experiências, essencialmente respeitáveis e dignas, realizadas pelo mundo científico, em beneficio da Humanidade.
Hoje em dia são raras as Casas Espíritas que possuem sessão de materialização e todas são dedicadas à cura. Áureo explica de maneira simples como o fenômeno ocorre a partir do ectoplasma do médium.
- Aí temos o material leve e plástico de que necessitamos para a materialização. Podemos dividi-lo em três elementos essenciais, em nossas rápidas noções de serviço, a saber: fluidos A, representando as forças superiores e sutis de nossa esfera, fluidos B, definindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem, e fluidos C, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre. Os fluidos A podem ser os mais puros e os fluidos C podem ser os mais dóceis; no entanto, os fluidos B, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e, muito notadamente, do médium, são capazes de estragar-nos os mais nobres projetos. Nos círculos, aliás raríssimos, em que os elementos A encontram segura colaboração das energias B, a materialização de ordem elevada assume os mais altos característicos, raiando pela sublimidade dos fenômenos; contudo, onde predominam os elementos B, nosso concurso é consideravelmente reduzido, porquanto nossas maiores possibilidades passam a ser canalizadas na dependência das forças inferiores do nosso plano, que, afinadas aos potenciais dos irmãos encarnados, podem senhorear-lhes os recursos, invadindo-lhes o campo de ação e inclinando-lhes as experiências psíquicas no rumo de lastimáveis desastres.
Devemos entender a materialização como um meio de comunicação entre as duas esferas da vida. Infelizmente é um meio difícil de ser usado por se o homem encarnado ainda muito apegado ao mundo material.


Carmem Bezerra

Nenhum comentário:

Postar um comentário