quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Entre a Terra e o Céu - Capítulos 27 e 28

No Capítulo 27, André narra o drama do pequeno Júlio que, apesar dos cuidados de Odila, não apresenta melhoras. Ao conversar com irmãos mais esclarecidos, Odila descobriu que o filho só melhoraria com uma nova reencarnação.
"O corpo físico funcionaria como abafador da moléstia da alma, sanando-a, pouco a pouco..."
Zulmira é então trazida em desdobramento para visitar Júlio e Odila solicita que o aceite como filho em uma nova encarnação.
"- Estou pronta! Devo a Júlio cuidados que lhe neguei... Louvo reconhecidamente a Deus por esta graça! Sinto que assim nunca mais serei assaltada pelo remorso de não haver feito por ele quanto me competia!... Será meu filho, sim!... Conchegá-lo-ei de encontro ao peito! Ó Senhor, ampara-me!..."
No Capítulo 28, André nos narra a reencarnação de Júlio.
"Júlio dormira placidamente, enfim. Abraçado ao colo materno, parecia fundir-se nele. De outras vezes, acompanhara trabalhos preparatórios de reencarnação, que exigiam concurso ativo de técnicos do assunto e de benfeitores da vida superior, mas ali o fenômeno era demasiado simples. O corpo sutil do menino como que se justapunha aos delicados tecidos do perispírito maternal, adelgaçando-se gradativamente aos nossos olhos."
É bem diferente da reencarnação de Segismundo narrada por André Luiz em "Missionários da Luz". Podemos dizer que a reencarnação de Segismundo foi cuidadosamente preparada devido às dificuldades do ambiente, enquanto a reencarnação de Júlio seguiu a ordem natural, não sendo necessário um cuidado especial.
"- Contudo, em milhares de renascimentos, na Terra, os princípios embriogênicos funcionam, automáticos, cada dia. A lei de causa e efeito executa-se sem necessidade de fiscalização da nossa parte. Na reencarnação, basta o magnetismo dos pais, aliado ao forte desejo daquele que regressa ao campo das formas físicas. De retorno ao corpo físico, estamos invariavelmente animados de um propósito firme... seja o anseio de alijar a dor que nos atormenta, a aspiração de conquistas espirituais que nos facilitem o acesso à Vida Superior, o voto de recapitular serviços mal feitos ou o ideal de realizar grandes tarefas de amor entre aqueles a quem nos afeiçoamos no mundo. De modo geral, a maioria das almas que reencarnam satisfazem à fome inquietante de recomeço. Quem não atendeu com exatidão ao trabalho que a vida lhe delegou, depressa se rende ao impositivo de repetição da experiência e o ressurgimento na luta física aparece por bênção salvadora. Milhões de destinos se reestruturam dessa forma, qual se refaz uma grande floresta. A sementeira cresce, estimulada pelo magnetismo do solo; a existência corpórea germina de novo, incentivada pelo magnetismo da carne..."

Carmem Bezerra

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