domingo, 23 de setembro de 2012

Hermínio Miranda

Acabei de ler um livro de Hermínio Miranda e gostaria de compartilhar com vocês as minhas impressões. O livro é "As Sete Vidas de Fênelon". O autor nos conta a estória do psicanalista holandês Erlo van Waveren que na década de 40 começou a ter lembranças de vidas passadas. A vida mais antiga lembrada é a de Judas Barsabás que viveu na época de Jesus e ajudou a divulgar o cristianismo entre os gentis (não judeus). A vida mais famosa do psicanalista teria sido a de Fênelon. Para quem não está se lembrando, Fênelon é um dos Espíritos que ajudou Kardec na codificação. É possível encontrar textos de Fênelon no Livro dos Espíritos, no Livro dos Médiuns, no Evangelho Segundo o Espiritismo e no Céu e Inferno.


Erlo van Waveren, quando começou a ter lembranças de outras vidas, era um psicanalista famoso em Nova York e amigo pessoal de Jung de quem fora aluno. Para Hermínio, a missão de van Waveren era "espiritualizar a psicanálise". Entretanto, ele falhou em sua missão. A pergunta que fica é: como isto é possível? O livro de Hermínio é uma tentativa de responder a esta pergunta. O autor apresenta uma pesquisa sobre as vidas lembradas pelo psicanalista, mostrando a sua evolução e como ele tinha se preparado para a missão. É um trabalho maravilhoso que merece ser lido.

Sou fã dos livros de Hermínio Miranda. Ele é sempre honesto em suas posições. Quando tem dúvidas, não receia em externá-las. Deixa para o leitor a decisão de concordar ou não com a posição que assume. Existem outros livros do pesquisador espírita que também merecem a nossa atenção.

Em "Diálogo com as Sombras" e em "Histórias que os Espíritos Contaram", Hermínio conta vários casos que presenciou na mesa mediúnica. São estórias emocionantes, imperdível para quem trabalha como médium ou como esclarecedor.



Em "As Marcas do Cristo", Hermínio defende a tese de que o Apóstolo Paulo e Lutero são o mesmo Espírito. Conheço muitos espíritas que não concordam com esta tese. Mas, independentemente disso, é um livro maravilhoso que nos permite conhecer melhor a vida destes dois missionários.


No livro "Nas Fronteiras do Além", Hermínio nos conta várias estórias que provam a sobrevivência do Espírito após a morte e como as pessoas que participaram destas estórias reagiram. Chamo a atenção para dois casos interessantes narrados pelo autor. No primeiro, ele nos fala de Eileen Garrett, uma médium extraordinária que conseguiu convencer e consolar muitas pessoas. Entretanto, a médium não acreditava em vida após a morte, achava que os fenômenos por ela  produzidos tinham origem nela mesma. Morreu achando que era o fim de tudo. No segundo caso, Hermínio nos fala do Barão de Guldenstubbé que viveu na época de Kardec e, sem conhecer o trabalho de Kardec, reproduziu muitas das experiências feitas pelo codificador. O Barão teve também a ajuda dos Espíritos a quem fez várias perguntas. Nós sabemos quem foi Kardec, mas poucos já ouviram falar do Barão. Por que? Hermínio tenta responder a esta pergunta no livro.


Considero o Hermínio Miranda um pesquisador sério que nós espíritas precisamos ler mais. Parece que a FEB está reeditando agora os seus livros. Portanto, uma boa oportunidade que não podemos desperdiçar.

Carmem Bezerra

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