domingo, 15 de agosto de 2010

Iniciando a tarefa

Há algum tempo tenho a ideia de começar um blog com o objetivo de discutir a mediunidade.  Sou médium iniciante (insegura, indecisa e preocupada) em uma casa espírita na cidade do Rio de Janeiro.

Nunca fui médium ostensiva, sempre fui mais facilmente identificada como pessoa sensível, nervosa e estrassada. Mas após anos de ESDE, decidi que era hora de estudar a codificação mais a fundo e me escrevi em um curso de mediunidade. Durante esse curso, para minha surpresa, psicografei alguns pequenos textos. Não eram textos meus, disto eu tenho certeza. Alguns eram de uma beleza poética que não me imagino escrevendo-os (sou mais chegada a um drama).

Depois do curso, fui chamada a trabalhar na mesa mediúnica. Fiquei surpresa, mas aceitei sem pensar duas vezes. Imaginei que eu assim poderia melhor desenvolver a pscicografia. Para minha surpresa, aos poucos comecei a trabalhar com a psicofonia. Mas aí começou o meu drama de incertezas.

Sei que o animismo é normal na mediunidade, mas não consigo deixar de me questionar a cada dia se não sou uma fraude. E se eu estiver enganando o grupo com quem trabalho e que gosto tanto? Eles parecem confiar tanto em mim.

Sempre gosto de pesar os dois lados de uma questão e usar a lógica (e também um pouco de drama) para chegar a uma conclusão. Vejamos.

Motivos para eu ser uma fraude:
1 - sempre fui uma apaixonada por cinema, televisão, teatro, etc - não estarei tirando daí as estórias que trago para a mesa medúnica?
2 - nunca tive na minha vida qualquer evento que me apontasse como médium (apenas umas pequenas estórias, mas tudo muito normal);
3 - desde que entrei no espiristismo desejei ser médium, o oculto sempre me fascinou.

Motivos para eu ser uma médium:
1 - as psicografias (ainda as recebo) definitivamente não são minhas - terá sido a psicografia apenas um canal para o início do meu desenvolvimento mediúnico?
2 - as estórias vividas na mesa medúnica não estavam no meu consciente antes da reunião - não é possível que eu tenha um arquivo tão grande de estórias arquivadas no subconsciente e que eu consiga resgatá-las com tanta facilidade.
3 - o centro que eu frequento possui pessoas com alta capacidade moral e mediúnica - eles não me colocariam no trabalho se achasse que eu não tenho condição.

Os motivos para eu me considerar médium e continuar no trabalho parecem ser mais sólidos. Mas não consigo deixar de lado as minhas dúvidas. Gosto muito do grupo e rezo para não ser eu o motivo de qualquer problema.

Carmem Bezerra

3 comentários:

  1. Acabei de chegar ao seu blog, precisamente porque sou uma medium iniciada, insegura. Tenho noção que tenho um grande caminho pela frente, muito estudo, "muita porrada" para levar.
    A única diferença para mim, é que cheguei até aqui pelo sofrimento e não por curiosidade. Há anos que tenho mediunidade em desequilibrio, com todos os seus sintomas, que me chegam a desequilibrar fisicamente, sem os médicos acharem nada! Só agora me decidi a estudar, na esperança que isto me leve a bom porto, a Jesus!
    Vou ler o seu blog. Muita paz, minha querida!

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  2. O caminho é difícil e cheio de percalços. Por isso, muitos médiuns desistem. O que eu posso te aconselhar após quase 4 anos na educação mediúnica é: seja honesta consigo mesma e com o grupo que vai participar. O grupo é que nos sustenta nas nossas crises e que não nos permite fraquejar.
    Abraços, Carmem

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  3. Muito bom o blog. Vejo que sentia coisas tão semelhantes ao que tenho sentido ultimamente, durante o desenvolvimento da mediunidade. A dúvida é minha companheira nessas ocasiões e a insegurança sempre está presente. Vou passar a acompanhar o blog. =)

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