quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Alquimia da Mente

Antes de iniciar o estudo do terceiro livro de André Luiz, eu decidi ler outros livros que me ajudassem a entender um pouco mais o que o nosso irmão de Nosso Lar narra. Há algum tempo eu tinha comprado o livro "Alquimia da Mente" de Hermínio Miranda, mas não tinha tido tempo de lê-lo ainda. Decidi então começar por ele.


Logo no primeiro capítulo, eu pude notar o pouco que eu conheço a Doutrina Espírita. O autor levanta várias questões que eu nunca tinha parado para pensar:

  • por que os Espíritos enfatizam que alma e Espírito não são a mesma coisa (questão 134 do LE)?
  • por que os Espíritos falaram ser necessária a união do espírito à matéria para intelectualizar a matéria (questão 25 do LE)?
  • por que várias pessoas relatam flashes de memória (um filme que mostra toda a vida passando) no desencarne?
  • seria a matéria dotada de um psiquismo específico ainda que inconsciente?
  • para que serve o lado direito do cérebro?
  • como funciona a mediunidade?

As perguntas acima são apenas uma pequena amostra das questões levantadas pelo pesquisador espírita. Não achei um livro fácil de ler, mas é um livro apaixonante. Em várias passagens, o autor usa "Evolução em Dois Mundos" de Chico Xavier e André Luiz para fundamentar as suas opiniões. Além disso, ele discute a teoria de Jung sobre inconsciente e sonhos. Eu não tinha ideia que o psiquiatra suiço tinha se aproximado tanto das ideias espíritas.

Agora eu vou ler "A Vida Além do Véu" do Reverendo inglês Vale Owen. O livro fala da vida espiritual da mãe do autor após a sua morte. O pastor psicografou este livro em 1920, mais de 10 anos antes de Chico Xavier ter psicografado "Nosso Lar". Por isso, algumas pessoas acusam o nosso Chico de ter cometido plágio. Ou seja, fatos similares narrados nos dois livros não são usados para confirmar a veracidade do que é narrado, mas para acusar o nosso Chico de plágio. O engraçado é que essas pessoas não citam os outros 15 livros de André Luiz, Chico teria plagiado eles de onde?




Carmem Bezerra








4 comentários:

  1. Respondendo à sua pergunta, Chico plagiou quase todos os outros livros da série de "A Vida Além do Véu" mesmo, provas aqui: http://obraspsicografadas.org/2012/srie-nosso-lar-de-chico-xavier-cpia-de-a-vida-alm-do-vu-do-rev-george-vale-owen/

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  2. Eu li com atenção a página e não concordo.

    Imagine que duas pessoas que não se conhecem e que são bem diferentes visitem Paris pela primeira vez.

    A primeira pessoa gosta de atividades culturais. Ela certamente vai falar da Torre Eiffel, das pinturas dos museus do Louvre e de d´Orsay, vai falar da beleza de andar ao lado do Sena vendo prédios históricos, etc.

    A segunda pessoa gosta muito de fazer compras. Ela vai falar da Torre Eiffel, das lojas ao redor dos museus, das pessoas elegantes que podemos encontrar ao caminhar pelas ruas parelas ao sena, etc.

    Pela sua lógica, apenas a primeira pessoa falou a verdade. A segunda inventou, pois ela repetiu as informações, mesmo que com uma visão diferente.

    Para o Aurélio plágio significa imitar. Não vi isto em Nosso Lar. Os estilos são bem diferentes. Os dois falam de cidades espirituais. E como não ter informações e palavras que coincidam?

    Não tenho qq dúvida sobre a veracidade dos fatos narrados por André Luiz e nem na honestidade de Chico Xavier. Por isso, não perco o meu tempo atacando as crenças de outras pessoas. A minha fé me fornece a paz que eu preciso.

    Seja lá no que você acredite, não se preocupe com o que os outros pensam ou crêem. Quando fizermos a passagem, teremos todas as respostas.

    Mas eu te garanto uma coisa (e isto você não poderá negar): somos filhos de um mesmo Pai que nos ama de igual forma.

    Que Jesus te abençoe e dê paz ao seu coração.

    Carmem Bezerra

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  3. Cara Carmem,
    a sua fé não te deu uma paz verdadeira, ela simplesmente te tornou uma pessoa sem senso crítico. É como a mulher que não desconfia do marido que sempre chega tarde em casa dizendo que foi obrigado a ficar no trabalho fazendo uns serviços depois do horário. Em vez de você procurar por marcas de batom, aceitou as palavras do marido sem questionar. E é feliz assim, vivendo uma paz ilusória, uma mentira.
    Minha recomendação: duvide da honestidade de Chico Xavier. Questionar é trabalhoso, mas muito recompensador. Evita de você ser enganada.
    A questão é que não só as descrições e as palavras coincidem, como também diversas situações pelas quais os personagens passam. Por exemplo, em ambas as histórias, um personagem transfigura-se em lobo. Na primeira, a de Owen, o espírito “bom” controla o espírito maligno, influenciável e lupino, em virtude de seu poder espiritual superior, levando-o a obedecer às suas sugestões; na segunda, o poder de persuasão do mau juiz faz com que uma mulher, profundamente influenciável, se transfigure em loba. Numa história, o fenômeno de licantropia, acompanhado de uma mudança de humor, resulta na modificação de um rosto; noutra, o mesmo fenômeno, acompanhado de uma repentina interferência de lembranças, resulta na mudança de uma face. Num caso, um espírito “bom” julga sumariamente um guarda mau como alguém que não foi tido como merecedor de ascender às esferas superiores; noutro, um juiz maligno julga sumariamente uma mulher má culpada, e um espírito “bom” diz que ela não passaria por esta humilhação se não a merecesse.
    Outro exemplo, em A vida além do véu, o personagem Arnel narra a seguinte sequência final: a) graças à dissidência do personagem Capitão, antes fiel ao Governador, os missionários entram nas minas; b) os missionários chamam os escravos para a fuga, cantando hinos evangélicos; c) aproximando-se, o primeiro se ajoelha; d) centenas ou milhares de escravos seguem-no; e) esperado, o Governador chega com seus escravos fiéis, falando palavrões; f) desembainha a espada; porém, esta murcha na presença de todos; g) a comitiva de milhares de pessoas se ajunta num ponto determinado para se libertar. Por sua vez, em Libertação, o personagem André Luiz narra a seguinte sequência final: a) graças à dissidência do diretor da falange operante, antes fiel ao Sátrapa, os missionários controlam um ponto avançado nos domínios malignos; b) os missionários anunciam aos espíritos sofredores a chance de fuga; c) aproximando-se, uma senhora se ajoelha; d) dezenas de sofredores seguem-na; f) o grupo resgatado segue a um local combinado para se libertar; g) os missionários cantam canções evangélicas enquanto esperam o Sátrapa chegar com seus assalariados, h) falando palavrões, o Grande Juiz desembainha a espada, esta cai e ele é derrotado sem luta.
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    Você realmente prefere ser a mulher que não procura pelo batom na cueca do marido, Carmem?

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  4. Prezado Enfant Terrible

    Você diz que eu não tenho senso crítico e seu principal argumento para dizer isto é o fato de eu não ter a sua mesma fé (ou a falta dela).

    Eu não nasci em família espírita. Há cerca de 20 anos comecei a questionar o que me fora ensinado e que só os meus lábios pareciam acreditar. A crença dos meus pais não dizia qualquer coisa ao meu coração.

    Levada por uma conhecida a uma palestra pública em um centro espírita, fiquei de imediato encantada pela falta de solenidades, de dogmas e de hierarquias do lugar. Ele me lembrava as reuniões dos primeiros cristãos que eu tanto lera em romances na minha juventude. Tudo era simplicidade e profundo amor. Nada exigiam, apenas aconselhavam. Quem chegava era recebido como um irmão.

    Para entender a motivação daquelas pessoas, eu comecei a ler tudo que me indicavam. Eu questionava o que lia. Quando recebia uma resposta que não me convencia, eu perguntava a outras pessoas e passava a pesquisar o assunto.

    Embora eu possa afirmar que sou Espírita desde a primeira reunião que frequentei, não me considero uma expert na doutrina e ainda estudo muito. Atualmente, eu estou revendo os livros de André Luiz. Acredito que tenho hoje mais maturidade para entender a mensagem dele.

    Mas voltemos à cueca no batom. Você cita um caso que é folclórico. Não é difícil acreditar que já ocorreu várias vezes em diversas partes da Terra. Se fatos podem se repetir na Terra, fatos não poderiam se repetir no mundo espiritual? Se você quiser, eu posso citar vários exemplos. Basta ler as descrições sobre o Umbral fornecidas por médiuns de diversos lugares e formações.

    Eu só li o primeiro livro de Owen (não encontrei o segundo dele) e não me lembro do episódio que você narra. Imagino que está no segundo livro. Veja que Owen tem só dois livros, enquanto Chico tem 451. O que o teu senso crítico diz a respeito disso?

    Prezado irmão, não há nada que você possa dizer que me faça mudar a minha opinião sobre a Doutrina Espírita e sobre o nosso querido Chico Xavier (não o conheci, mas tenho um profundo carinho por ele). Por outro lado, acredito que nada que eu diga fará você mudar a sua opinião.

    Então por que discutir? Eu sigo o meu caminho tranquila e confiante. Faça o mesmo.

    Discussões não nos leva a lugar nenhum. Não nos dá paz.

    Seja feliz.

    Carmem Bezerra

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