domingo, 6 de novembro de 2011

Mediunidade de cura

Comecei a ler o livro "Trilhas da Libertação" do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografado pelo Divaldo. O livro conta a estória de um médium de cura que falha na sua missão por não ser capaz de vencer a vaidade e a luxúria. A leitura me fez lembrar de outro livro há muito tempo lido: "Aconteceu na Casa Espírita" do Espírito Nora, psicografado por Emanuel Cristiano.

Os dois livros tocam no mesmo ponto: a vaidade do médium como porta aberta para a obsessão. Nos dois casos narrados, os espíritos que planejam acabar com o trabalho do médium (ou centro espírita) iniciam o ataque de uma mesma forma: elogios exagerados ao trabalho sendo feito pelo médium. A falta de vigilância dos médiuns garante o sucesso do ataque. Em pouco tempo, os médiuns se colocam acima da Casa Espírita passando a considerar que tudo deve orbitar em torno do que eles acham e estão fazendo. É o início do desastre... para os médiuns.

Os mentores espirituais, sempre atentos ao desenrolar dos acontecimentos, fazem uso dos dirigentes encarnados e de outros médiuns da casa para impedir que o ataque atinja toda a instituição. Nos dois casos narrados, os grupos espíritas se dividem em dois: algumas pessoas seguem o médium invigilante que deixa o centro espírita para montar sua própria casa, enquanto os outros preferem continuar na casa espírita seguindo a orientação do dirigente espiritual.

Imagino que a mediunidade de cura seja uma das mais difíceis de lidar. Os que têm este dom, certamente são bastante assediados por irmãos encarnados e desencarnados. Além disso, como não se sentir envaidecido pelos agradecimentos e a devoção dos que conseguiram a cura?

Há algum tempo, entrei em um blog onde pessoas de diferentes religiões discutiam a mediunidade. Um dos participantes, orgulhoso, informou que tinham lhe dito que possuia o dom da cura e que por isto precisava iniciar o treinamento necessário para a missão que Deus lhe tinha confiado. Os outros partcipantes lhe desejaram sorte e disseram que certamente ela era uma pessoa muito especial por ter recebido tal missão. Minha reação foi rezar por este irmão, desejando que ele nunca esquecesse do ensinamento do Divino Mestre sobre a necessidade de orar e vigiar.


"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." 
Mateus 26:41


Carmem Bezerra

Nenhum comentário:

Postar um comentário