sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Missionários da Luz - Capítulo 17

Neste capítulo, André Luiz acompanha o atendimento a um sacerdote desencarnado que vive na região das trevas. O irmão é levado a uma reunião mediúnica, onde incorpora em uma médium e é esclarecido por um doutrinador. Todo esse processo é solicitado e acompanhado pela mãe do ex-sacerdote.

Na estória narrada por André vale a pena enfatizar duas passagens.

Na primeira passagem, André pergunta se há realmente necessidade da ajuda dos irmãos encarnados. Não seria possível ajudar aos desencarnados sem fazer uso da mesa mediúnica? O Mentor Alexandre explica que o trabalho de esclarecimento poderia ser feito sem a ajuda dos encarnados, mas a mesa mediúnica também ajuda os irmãos encarnados, pois ao ouvir as estórias e o sofrimento dos desencarnados, os trabalhadores encarnados podem refletir melhor sobre a própria conduta na Terra. Além disso, o contato do desencarnado com o médium (choque anímico) ajuda na recuperação do sofredor.

"- Não - explicou o instrutor -, não é um recurso imprescindível. Temos variados agrupamentos de servidores do nosso plano, dedicados exclusivamente a esse gênero de auxílio. As atividades de regeneração em nossa colônia estão repletas de institutos consagrados à caridade fraternal, no setor de iluminação dos transviados. Os postos de socorro e as organizações de emergência, nos diversos departamentos de nossas esferas de ação, contam com avançados núcleos de serviço da mesma ordem. Em determinados casos, porém, a cooperação do magnetismo humano pode influir mais intensamente, em beneficio dos necessitados que se encontrem cativos das zonas de sensação, na crosta do Mundo. Mesmo aí, contudo, a colaboração dos amigos terrenos, embora seja apreciável, não constitui fator absoluto e imprescindível; mas, quando é possível e útil, valemo-nos do concurso de médiuns e doutrinadores humanos, não só para facilitar a solução desejada, senão também para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos na carne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade."

Na segunda passagem, André observa que vários ajudantes de serviço recolhiam as forças mentais emitidas pelos irmãos presentes, inclusive as que fluíam abundantemente do organismo mediúnico. Notando o espanto de André, Alexandre explica do que se trata.

"- Esse material - explicou-me ele, bondosamente - representa vigorosos recursos plásticos para que os benfeitores de nossa esfera se façam visíveis aos irmãos perturbados e aflitos ou para que materializem provisoriamente certas imagens ou quadros, indispensáveis ao reavivamento da emotividade e da confiança nas almas infelizes. Com os raios e energias, de variada expressão, emitida pelo homem encarnado, podemos formar certos serviços de importância para todos aqueles que se encontrem presos ao padrão vibratório do homem comum, não obstante permanecerem distantes do corpo físico."

Eu entendo que essas energias são peculiares a todos os seres vivos e que elas vem do duplo etérico. Por isso só os encarnados podem ser doadores. Como muitos desencarnados estão mais próximos do mundo material do que do mundo espiritual, este material é essencial para produzir fenômenos como "materializar" um Espírito que já pertence a uma ordem superior, tornando-o visível.




Carmem Bezerra

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