domingo, 12 de fevereiro de 2012

Os Espíritas e o Carnaval

Muitos dos meus irmãos espíritas gostam de carnaval. Muitos deles se reunem na saída do Centro Espírita para juntos irem aos blocos carnavalescos após a reunião espírita.

Nada contra, mas é preciso lembrar das palavras do Mestre: "Orai e vigiai".

Sabemos que boa parte das pessoas que frequetam as festas de Momo adotam a postura do "excesso": drogas, bebidas e sexo. Afinal, tudo acaba na 4a-feira de cinzas.

Não há dúvida que a alegria das marchinhas de carnaval é contagiante. Quem não gosta de cantar as antigas canções? Quem não gosta de ver pessoas alegres?

Infelizmente, a alegria de muitos é artificial. Muitos nem se lembram o que fez no dia anterior. Por isso, é importante a cautela. Quem gosta de carnaval, não precisa se privar da festa, mas deve procurar sempre manter o equilíbrio na comemoração.

Que o espírita traga no rosto a pintura da alegria e da fantasia e no coração os ensinamentos do Divino Mestre. Não devemos ser espíritas apenas em 361 dias, mas em todos os 366 dias deste ano bissexto.

"A cidade, regorgitante, era um pandemônio. A multidão de desencarnados que se misturava à mole humana em excitação dos sentidos físicos, dominava a paisagem sombria das avenidas, ruas e praças feericamente iluminadas, mas cujas luzes não venciam a psicosfera carregada de vibrações de baixo teor. Parecia que as milhares de lâmpadas coloridas apenas bruxuleavam na noite, como ocorre quando desabam fortes tempestades.

Os grupos mascarados eram acolitados por frenéticas massas de seres espirituais voluptuosos, que se entregavam a desmandos e orgias lamentáveis, inconcebíveis do ponto de vista terreno. Uns magotes desenfreados atacavam os burlescos transeuntes, tentando prejudicá-los com as induções nefastas que se permitiam transmitir. Outros, compostos de verdugos que não disfarçavam as intenções, buscavam as vítimas em potencial para alijá-las do equilíbrio, dando início a processos nefandos de obsessões demoradas. A sucessão de cenas, deprimentes umas, selvagens outras, era constrangedora".
Nas fronteiras da Loucura - Divaldo Franco/Manoel Philomeno de Miranda


Carmem Bezerra

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