segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Missionários da Luz - Capítulo 14

Neste capítulo, André Luiz faz algumas visitas à casa onde ocorreu a reencanação de Segismundo. Ele quer acompanhar o trabalho feito pela equipe espiritual e ver como ocorre o desenvolvimento do novo corpo físico de Segismundo. Nestas visitas, ele tem a oportunidade de conversar com Apuleio, responsável pela equipe.

Em uma dessa conversas, o Mentor explica para André que existe também a alimentação espiritual. Infelizmente, ainda não temos ciência da importância dessa alimentação.
"Eles se alimentam, diariamente, de formas mentais, sem utilizarem a boca física, valendo-se da capacidade de absorção do organismo perispirítico, mas ainda não sentem a extensão desses fenômenos em suas experiências diárias. No lar, na via pública, no trabalho, nas diversões, cada criatura recebe o alimento mental que lhe é trazido por aqueles com quem convive, temperado com o magnetismo pessoal de cada um. Dessa alimentação dependem, na maioria das vezes, mormente para a imensa percentagem de encarnados que ainda não alcançaram o domínio das próprias emoções, os estados íntimos de felicidade ou desgosto, de prazer ou sofrimento. Segundo você pode observar, também o homem absorve matéria mental, em todas as horas do dia, ambientando, dentro de si mesmo, nos círculos mais íntimos da própria estrutura fisiológica."
Notando a surpresa de André pelo que tinha falado, o Mentor continua a explicação.
"Em sua experiência última na Crosta, quando envergava os fluidos carnais, nunca sentiu perturbação do fígado, depois de um atrito verbal? Jamais experimentou o desequilíbrio momentâneo do coração, recebendo uma noticia angustiosa? Porque a desarmonia orgânica, se a hora em curso era, muitas vezes, de satisfação e felicidade? É que, em tais momentos, o homem recebe «certa quantidade de força mental» em seu campo de pensamento, como o fio recebe a «carga de eletricidade positiva». O ponto de recepção está efetivamente no cérebro, mas se a criatura não está identificada com a lei de domínio emotivo, que manda selecionar as emissões que chegam até nós, ambientará a força perturbadora dentro de si mesma, na intimidade das células orgânicas, com grande prejuízo para as zonas vulneráveis."
Quando eu li este texto, me lembrei das crises que tive  quando passei por períodos muitos conturbados. De imediato, eu perdia o apetite, minha garganta parecia fechada a qualquer alimento. A raiva e a tristeza me alimentavam. Não conseguia pensar em outra coisa.

Como devo ter prejudicado nestes períodos o meu corpo espiritual!

Ainda não me sinto uma pessoa capaz de passar por tempestades sem me alterar emocionalmente, mas já tenho a consciência dos problemas que isto pode me acarretar. E tento sempre recorrer a prece para me reequilibrar novamente.


Carmem Bezerra

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