sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Os Mensageiros - Capítulo 20

Neste capítulo, André Luiz observa com mais atenção as defesas do Posto de Socorro em que se encontra. Ele nota que existem armas nas muralhas do castelo parecidas com pequenos canhões. Alfredo lhe explica que estas armas lançam uma descarga elétrica que pode causar a impressão de morte. Vendo o assombro de André, ele completa:
"Meu amigo! Meu amigo! Se já não estamos na carne, busquemos desencarnar também os nossos pensamentos. As criaturas que se agarram, aqui, às impressões físicas, estão sempre criando densidade para os seus veículos de manifestação, da mesma forma que os Espíritos dedicados à região superior estão sempre purificando e elevando esses mesmos veículos. Nossos projetis, portanto, expulsam os inimigos do bem através de vibrações do medo, mas poderiam causar a ilusão da morte, atuando sobre o corpo denso dos nossos semelhantes menos adiantados no caminho da vida. A morte física, na Terra, não é igualmente pura impressão? Ninguém desaparece. O fenômeno é apenas de invisibilidade ou, por vezes, de ausência. Quanto à responsabilidade dos que matam, isto é outra coisa. E além desta observação, que é da alçada da Justiça Divina, temos a considerar, igualmente, que, nesta esfera, o corpo denso modificado pode ressurgir todos os dias, pela matéria mental destinada à produção dele, enquanto que, para obter o corpo físico, almas há que trabalham, por vezes, durante séculos..."
Muitos irmãos ao desencarnar têm dificuldade para acreditar que fizeram a passagem. O corpo espiritual lhes parece com o corpo físico e eles sentem as mesmas necessidades fisiológicas que tinham quando se encontravam na Terra.

Sabemos que quanto mais ligado à matéria é um Espírito, mais materializado é o seu perispírito. Portanto, ele guarda as impressões do corpo físico e age como se ainda o tivesse. Para entender isto, basta se lembrar que o corpo mental é quem molda o corpo espiritual. Logo, se um irmão desencarnado acha que levou um tiro e espera ver o sangue escorrer, ele o verá. Ele inconscientemente movimenta os fluidos com o seu pensamento.


Carmem Bezerra

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