Paulo, chefe dos vigilantes, é chamado para decidir se a mulher pode ser admitida em Nosso Lar.
"Esses pontos escuros representam cinquenta e oito crianças assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia. Essa desventurada criatura foi profissional de ginecologia. A pretexto de aliviar consciências alheias, entregava-se a crimes nefandos, explorando a infelicidade de jovens inexperientes. A situação dela é pior que a dos suicidas e homicidas, que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto."A mulher implora para entrar em Nosso Lar, mas não demonstra nenhum remorso. Nega todo mal que fez na Terra.
"Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranquila, canalha!... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra. Fui caridosa e crente, boa e pura..."Quando a mulher vai embora, Paulo observa:
"Observaram o Vampiro? Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega tranquilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu."Em Missionários da Luz, André Luiz volta ao assunto e fornece a definição de vampiro:
"... é toda entidade ociosa que se vale indebitamente das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é preciso reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens."Suely Caldas, em Obsessão/Desobsessão, discute também a existência dos vampiros:
"Realmente encontramos muitos desencarnados que agem como ectoparasitas, ou seja, absorvendo as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam, aqui e ali, como são os que aproximam eventualmente dos fumantes, dos alcoólotras e de todos aqueles que se entregam aos vícios e desregramentos de qualquer espécie."Um vampiro é um irmão que suga as energias de outros irmãos (encarnados e desencarnados), que não vê no trabalho do bem o alimento para o seu espírito. Portanto, Paulo agiu corretamente ao impedir a entrada da infeliz em Nosso Lar. Ela ainda não se encontrava pronta para receber ajuda e só iria pertubar os outros irmãos que estavam em recuperação nas Câmaras de Retificação.
Carmem Bezerra
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